Carreiras | Empregos

Entrevistas de emprego são tensas em qualquer contexto, mas a ansiedade para ser aceito é bem maior se você está desempregado. A pressão aumenta ainda mais se já faz algum tempo que nenhuma oportunidade aparece.
Se esse é o seu caso, a “boa” notícia é que a crise econômica e o mau momento do mercado de trabalho brasileiro produzem muitos outros candidatos em situação parecida com a sua — o que cria um novo padrão de normalidade nos processos seletivos.
Ainda assim, é natural sentir insegurança ou até vergonha da situação quando se está diante de um recrutador. A única forma de administrar esses sentimentos é dizer a verdade sempre, tanto no currículo quanto na entrevista presencial, e trazer justificativas bem fundamentadas.
Contar qual foi o real motivo da sua demissão do último emprego é o primeiro passo para ter uma conversa franca e potencialmente produtiva.
Se a sua demissão foi motivada por questões pessoais, a sinceridade também é fundamental. É importante explicar os conflitos por trás do desligamento de forma clara, equilibrada e, sobretudo, ética — sem cair na tentação de falar mal da empresa ou do chefe que ficaram para trás.
 

Leia também:
As 29 questões que você precisa saber o que falar
Currículo na internet

 
Abordado o tema da demissão, chega a hora de dizer por que você continua desempregado. Mas como fazer isso sem sucumbir ao nervosismo? E como deixar uma impressão positiva no avaliador apesar de um histórico de negativas?
1- Assuma a sua parcela de responsabilidade
De acordo com Ricardo Karpat, diretor da consultoria Gábor RH, o momento ruim do mercado não deve servir como única justificativa para a situação. É importante ser humilde e fazer uma autocrítica, isto é, levar para a entrevista uma reflexão sobre quais foram os erros de estratégia que levaram você a um longo período de desemprego.
“Você pode ter demorado para ‘reagir’ quando foi demitido, por exemplo, ou ter recusado propostas interessantes só porque estavam abaixo da sua faixa salarial anterior”, explica o especialista. É importante mostrar que você consegue fazer uma autoavaliação madura e tranquila, e não tem medo de dizer que errou.
2- Mostre que está incomodado (mas não desmotivado)
Assumir que você cometeu equívocos não quer dizer que você “aceita” a derrota: resiliência é muito diferente de resignação. O candidato deve ter um tom firme e assertivo, e evitar a qualquer custo a postura de vítima durante a entrevista.
A pior atitude possível é agir como se você tivesse se acostumado à situação.
“É possível deixar uma boa impressão se, apesar do longo período de desemprego, você revela que permanece inconformado e tem muita vontade e energia para trabalhar”, explica Karpat.
3- Diga o que está fazendo para se adaptar
Um profissional desempregado pode estar, sim, muito ocupado com outras coisas além de buscar trabalho — e é importante frisar isso se esse é o seu caso. Voltar a estudar, fazer intercâmbio, realizar freelancers ou trabalhos voluntários mostra que está tentando se adaptar às novas exigências do mercado.
4- Tenha paciência para aguardar o feedback
É perfeitamente compreensível que uma pessoa sem emprego há muito tempo tenha pressa para conseguir uma vaga, mas transmitir ansiedade exagerada por uma resposta pode passar a ideia de que você é inseguro.
É fundamental cuidar do seu equilíbrio emocional antes, durante e depois da entrevista. Quanto mais tranquilo você parecer — e, de fato, estiver —, maior a chance de receber uma boa notícia no fim.


 

Leia mais:
“Perguntas na entrevista de emprego” – Onde você quer estar daqui a 5 anos?
Como usar adequadamente a expressão corporal
Avalie:

Comentários 0 comentário

Os comentários estão desativados.