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Nunca é tarde para fazer intercâmbio - Fonte Shutterstock

Quando se fala em intercâmbio, muitos profissionais têm a ideia de que a modalidade é voltada apenas aos jovens que acabaram de concluir o ensino médio e ainda não cursaram uma faculdade, ou estão nos primeiros anos dela.

No entanto, não existe idade ideal para fazer intercâmbio. Segundo a EC Londres, escola de intercâmbio com sede no Brasil, 26% das viagens para a Inglaterra oferecidas pela empresa são em pacotes para pessoas acima de 30 anos.

O intercâmbio é um tópico de peso para o currículo, pois além do aprimoramento em uma língua estrangeira, os recrutadores levam em conta a experiência do profissional, que teve que superar todas as dificuldades de quem passa um período longe do país de origem.
Entrar em contato com outras culturas também faz parte do aprendizado fora das salas de aula. É por isso que profissionais já inseridos no mercado de trabalho buscam por essa experiência.

É o caso de Rodolpho Rodrigues de Sá, 38, advogado pós-graduado em direito da tecnologia e informação. Ele fez intercâmbio aos 30 anos de idade. Na época, já era formado há cinco anos, e achava que já havia perdido a oportunidade de apostar em tal experiência.
Após o término de um casamento de sete anos, ele tomou a iniciativa e viajou para a Irlanda, onde ficou oito meses:

Além dos conhecimentos técnicos do idioma, há um despertar muito grande no desenvolvimento pessoal, pois a relação com estrangeiros em cenários diferentes do nosso habitual, nos faz resgatar alguns valores e ensinamentos que recebemos em nossa formação familiar, educacional e religiosa, como a valorização, a conscientização e o amor”, diz o profissional.

SEM FRONTEIRAS


O desenvolvimento pessoal, além do profissional, também é o objetivo da professora de língua portuguesa e inglesa Ana Lenita Barreto Mourão, 51, que atualmente está aposentada, mas quer se preparar para uma nova etapa profissional: a tradução de romances.
Para ela, o intercâmbio é a oportunidade ideal para suprir o desejo de novas realizações pessoais e de aperfeiçoar o inglês. Apesar do que ela define como um “friozinho na barriga” ao pensar no intercâmbio, acredita que os profissionais não devem se impor limites de acordo com a idade:

Não devemos deixar que a aposentadoria seja algo que nos torne passivos diante das vontades que temos. Temos de viver a vida como realmente deve ser vivida, sem medos, com a mente aberta para novas conquistas e aprendizagens, que nos impulsionam para cidadãos efetivamente produtivos”, afirma a professora.

💡 INGLÊS PARA ADULTOS


Outro senso comum entre os brasileiros é o de que estudar um novo idioma só é valido antes de iniciar a carreira, o que não é verdade. Muitos profissionais vão em busca de cursos intensivos para compreender o básico e apostam no intercâmbio para fixar a aprendizagem.
Para assimilar um novo idioma, leva-se em média seis meses a um ano, ainda que o profissional não alcance a fluência. Ouvir e falar melhor são as principais vantagens de quem aposta no intercâmbio.

? OUTRAS OPORTUNIDADES


Além disso, o intercâmbio não se restringe apenas às aulas de idioma. Existem vários cursos de especialização, como pós-graduação e MBA, que podem ser estudados fora do país. Ana, por exemplo, está aprimorando o inglês em um curso intensivo antes de viajar.

As áreas mais procuradas pelos brasileiros para especialização no exterior são administração, negócios, tecnologia da informação e marketing.

😎 NÃO PERCA TEMPO


Para Rodolpho, as melhores experiências da vida são a realizações de sonhos que são tirados da gaveta e tornam-se desafios repentinos. Seu conselho para quem ainda tem dúvidas se deve ou não investir no intercâmbio mesmo depois de já estar estabelecido no mundo profissional é:
“Arrume as malas e vá!”
Confira também: 6 passos para recuperar o ânimo de estudar inglês.

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