Carreiras | Empregos

Outubro é o mês de conscientização da prevenção do câncer de mama e de colo do útero. O Empregos.com.br apoia a iniciativa e, aproveitando essa importante causa, o blog Carreiras faz uma série com histórias inspiradoras. Hoje, nossa personagem se chama Ana Bracarense, natural de Uberaba (Minas Gerais), é consultora graduada em Matemática pela Uniube (Universidade de Uberaba), em Administração de Empresas pela Unipac (Universidade Presidente Antônio Carlos) e pós-graduada em Logística no Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).

Arquivo Pessoal

Ana é PcD (Pessoa com Deficiência) desde bem pequena, devido a um acidente, e faz consultoria voltada para PcD e empresas que desejam investir em inclusão, a Click Consultoria. Assim, ela atua com recrutamento e seleção, treinamentos, palestras e métodos de melhoria e engajamento nas instituições. Como Ana não nasceu com essa condição, ela ajuda e inspira pessoas que estão passando por esses novos desafios. “Às vezes, doenças ou acidentes fazem com que as pessoas percam a mobilidade dos membros superiores ou inferiores e, então, surge a pergunta: ‘como ser, agir e lidar com a situação? De quem tem que vir o primeiro passo para a reabilitação?’”, questiona.
A trajetória profissional de Ana Bracarense tem muitos altos e baixos. “Lecionei Matemática de 2002 a 2006, no período da faculdade com aulas de reforço para as turmas. Por indicação da minha professora, também dei aulas particulares. Foi difícil lecionar por causa da falta de educação e de respeito comigo. Então, de 2008 a 2015, consegui trabalhar em três multinacionais, porém, percebi e vivi problemas dentro de cada empresa também”, relata. “Foi vivendo e superando essas dificuldades que resolvi abrir minha empresa e passei a escrever sobre os entraves que eu e outras PcD já enfrentaram, abrindo a mente da sociedade para a inclusão”, explica.
Segundo Ana, mesmo com o assunto um pouco mais evidente sobre PcD no âmbito corporativo, ainda há muito o que melhorar. “Existem as oportunidades, mas por causa de muitas exigências nos cargos, as PcDs acabam não se classificando para o emprego. Os recrutadores têm que exigir o que o funcionário irá fazer, ao invés de exigir tanto para dificultar cada vez mais a contratação”, comenta. “As empresas devem incluir PcDs, não para “cumprir cota”, mas para oferecer um cargo que seja da área profissional do candidato e para que ele aprenda e cresça de acordo com a demanda”, finaliza.

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