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De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a participação de pessoas com deficiência (PcD) no mercado de trabalho aumentou em 20% nos últimos 5 anos. O incentivo à acessibilidade é cada vez maior nas empresas, mas ainda há muito o que fazer pela frente.
Parte desse número se deve à Lei de Cotas – que determina que empresas com mais de 100 funcionários destinem de 2% a 5% de suas vagas de emprego a pessoas com deficiência. Faz parte da fiscalização, acompanhar a adaptação ou desligamento dos funcionários com deficiência.
Tal fiscalização não tem como único objetivo prever o cumprimento da lei, mas também o de promover a inclusão justa de deficientes no mercado de trabalho, que ainda sofrem com o preconceito, a falta de acessibilidade em relação a estrutura, ao treinamento e a adaptação à equipe, além da diferença na qualidade das vagas e de oportunidades para crescer no emprego.
Muitas vezes, essa diferença já é percebida anos antes da vida profissional, nas instituições de ensino. Como não há recursos suficientes para adaptar os alunos deficientes, a segregação ocorre – algo que, felizmente, também tem mudado nos últimos anos.
A maioria dos candidatos com deficiência possuem ensino médio completo, e muitos buscam especializações para competir no mercado de trabalho, chegando a níveis cada vez maiores, como o de gerência.
O governo permanece atento. Há estados em que o percentual de PcDs empregados é de apenas 15%, como Acre e Tocantins. Amapá, Maranhão e Roraima também estão entre os desafios para a fiscalização, já que possuem, respectivamente, 16%, 17% e 18%.
O FUTURO
A ideia é caminhar para um mercado de trabalho em que a fiscalização não seja necessária, que os preconceitos deem lugar a oportunidades de emprego e a inclusão seja uma realidade nas empresas, sem a necessidade de pensar em cotas – um cenário cada vez mais possível.
A saída para a concretização desse objetivo é o incentivo de setores público e privado, segundo especialistas que participaram de evento na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), inciativa da empresa franco-belga Engie.
A empresa patrocina a ONG Observatório Social Internacional (OSI) do Comitê Paralímpico da Bélgica, responsável por trazer 29 atletas ao Brasil para disputar os Jogos Paralímpicos 2016.

Existe resistência por parte de algumas empresas, inclusive de funcionários, que pressupõem que pessoas com deficiência são menos competitivas, mais lentas, mas a inclusão delas no ambiente de trabalho prova o contrário’’, diz Jacques Spelkens, representante da Engie.

De acordo com Spelkens, os estereótipos que envolvem as pessoas com deficiência são anulados quando elas são inseridas nas empresas, e têm a chance de mostrar seu potencial.

Performance e deficiência são totalmente compatíveis”, disse ele, no evento que aconteceu no dia 6 de setembro.

Para ele, eventos como os Jogos Paralímpicos também ajudam a transformar a forma com a sociedade se posiciona sobre as pessoas com deficiência.
 
 

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