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Síndrome de Burnout: 1 a cada 5 profissionais no Brasil sofrem de esgotamento| Fonte: Shutterstock

A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional que tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Embora não seja reconhecida como uma doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como uma doença ocupacional, ou seja, uma síndrome que tem como condição ligada ao trabalho, mas não é uma condição médica.

Entre os sintomas, estão: cansaço excessivo, físico e mental, sentimentos de fracasso e incompetência, alterações de humor, dores de cabeça, fadiga, entre outros.

Síndrome de Burnout é apenas um dos problemas relatados pelos profissionais

Dados levantados através de uma pesquisa conduzida pela empresa Gattaz Health & Results e liderada pelo presidente do Conselho Diretor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP) Wagner Gattaz, aponta que 18% dos profissionais do Brasil sofrem com síndrome do esgotamento profissional, como também é conhecida. Ou seja, 1 a cada 5 profissionais passam por isso.

A pesquisa iniciou em 2015 e conta com a ajuda de inteligência artificial, que levantou outros dados em que:

  • 43% dos entrevistados relataram sintomas depressivos;
  • 24% relataram queixas relacionadas à ansiedade.

Até o momento, a pesquisa contou com a participação de 38,1 mil profissionais respondentes, sendo a maioria dos entrevistados o público feminino.

Outro levantamento realizado pela Women in the Workplace realizada em 2021 mostrou que 42% das entrevistadas sofrem com os sintomas da síndrome de burnout. Acredita-se que além das cobranças e rotina do dia a dia no trabalho, os demais compromissos, como estudos, filhos e casa também contribuem para o desenvolvimento dos sintomas.

Quais são os sintomas?

Conhecer os sintomas é fundamental para entender o que está acontecendo. Contudo, é muito importante que o profissional busque ajuda profissional para receber a devida orientação de como proceder para conseguir se recuperar e ter uma boa qualidade de vida. Entre os sintomas estão:

  • Sentir dor de cabeça frequentemente;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Falta de energia;
  • Cansaço excessivo;
  • Sentimento de insatisfação com o trabalho;
  • Dificuldades de concentração;
  • Pressão alta;
  • Alteração nos batimentos cardíacos;
  • Dores musculares;
  • Instabilidade emocional;
  • Entre outros.

Saúde mental se tornou prioridade no meio corporativo

O que se percebeu, principalmente durante e após o cenário da Covid-19, é que relatos de problemas de saúde mental só aumentaram. Cada vez mais os profissionais estão precisando se afastar do trabalho para conseguir recuperar a saúde. E qual o papel das empresas nisso?

Mais do que nunca, se preocupar com a saúde mental dos colaboradores é urgente. Antes o foco era somente na saúde física, até porque, existia um certo preconceito quando se tratava de saúde mental. O que estava ainda sendo introduzido, com a pandemia, o processo foi acelerado e aumentou os cuidados para garantir que os funcionários se sintam protegidos.

Para isso, as empresas podem promover ações preventivas para evitar problemas de saúde mental. Confira alguns exemplos.

Programa de saúde mental

Em primeiro lugar, o primeiro passo é implementar um programa de saúde mental, mas isso não inclui apenas o plano de saúde comum. A empresa pode fazer um planejamento estratégico para incorporar os cuidados com a saúde mental na organização. Isso pode ser através de palestras, roda de conversas entre os colaboradores e acompanhamento dos profissionais.

Incentive as atividades físicas

Outra forma de ajudar a evitar problemas de saúde mental é o incentivo de atividades físicas. Com isso, a empresa pode trabalhar com benefícios em parceria com academias, palestras sobre o assunto, ou campanhas, como por exemplo gincanas.

Valorização dos colaboradores

Uma das causas que ajudam nos problemas de saúde mental como burnout é a falta de comunicação, excesso de trabalho e falta de valorização dos colaboradores. Sendo assim, a empresa precisa mudar esse olhar e incentivar os seus colaboradores das mais diversas formas, não apenas financeiramente, mas promover o acolhimento e contribuir com a sensação de pertencimento.

Flexibilidade

Por último, a flexibilidade é um dos pontos mais observados pelos profissionais atualmente. Uma empresa que promove a flexibilidade, seja com a possibilidade de home office ou até mesmo uma jornada reduzida, ajuda seus colaboradores a terem uma maior qualidade de vida. Sem esquecer que a flexibilidade também tem relação com o cuidado para não exagerar e sobrecarregar o funcionário com tarefas.

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