Carreiras | Empregos

por Izabel Cristina
Quer saber como andam as condições de emprego em alguns dos nossos vizinhos mais próximos? Pois então acompanhe os principais resultados da última edição do Panorama Laboral, estudo anual sobre de mercado de trabalho dos países da América Latina e Caribe publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo a pesquisa, houve queda na taxa de crescimento econômico dos países da região, mas apesar disso, a taxa de desemprego manteve-se estável.
O destaque fica por conta do Brasil, que apresentou uma alta na incidência da força de trabalho na PEA (População Economicamente Ativa). Isso se deve ao fato da taxa de desemprego regional ter sofrido uma queda de 7,2% para 6,2% no País.
Além da importância dos resultados brasileiros para a manutenção das taxas do mercado de trabalho em 2001 na América Latina, outros dados importantes foram apresentados pela pesquisa:

  • O desemprego aumentou em todos os países, exceto no Brasil e no Equador
  • A taxa de desemprego juvenil diminuiu na maioria dos países entre os anos de 2000 e 2001, entretanto ela continua elevada  no Brasil, totalizando 12,7% – isso equivale a duas vezes a taxa de desemprego geral da América Latina
  • Houve uma melhora no poder aquisitivo dos salários. A pesquisa registrou um aumento de 1,7% nos salários industriais e de 3% nos salários mínimos, com destaque para o Brasil (11%), Bolívia (10,4%), Panamá (6,9%) e Venezuela (7,1%). Isso ocorreu devido a uma redução da inflação – de 7,5% para 5,6% – e ao aumento da produtividade no mesmo período
  • Para 2002, o relatório estima que haverá um crescimento do PIB regional de 1,5% e uma taxa de desemprego próxima a 8,8%

Outro destaque foi a elaboração de um quadro para a qualificação dos países da América Latina, segundo a qualidade do comportamento do mercado de trabalho. O Brasil consta entre os países de alta qualificação, onde cinco indicadores foram avaliados: desemprego aberto, informalidade, salário real da indústria, salário mínimo real e produtividade.  Entre os países que sofreram uma queda na qualidade estão Argentina, Colômbia, Jamaica, Peru e Uruguai.
Além disso, em todas as edições o Panorama Laboral seleciona temas especiais para realizar análises mais detalhadas. Para 2001, os assuntos analisados foram a desigualdade de ingresso no mercado entre homens e mulheres, o índice de desenvolvimento do trabalho decente e a proteção aos desempregados.
O principal objetivo foi avaliar as diferenças entre 15 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

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