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Toda manhã era a mesma coisa. Sérgio Soares, analista de sistemas, tinha que enfrentar uma verdadeira maratona antes de chegar ao trabalho. Morador da cidade de Santos e trabalhando em São Paulo há mais de dez anos, chegava à empresa nervoso e estressado. “O trânsito de São Paulo é uma loucura, tira a paciência de qualquer um. Quando chegava no serviço estava tão cansado que acabava perdendo produtividade”, declara.
Há quatro anos, Sérgio resolveu mudar sua rotina. Juntou um grupo de amigos e com eles fretou um ônibus. Hoje, ninguém mais vem trabalhar de carro. Todos optaram pela comodidade do transporte executivo.
Cada vez mais comum entre as pessoas que trabalham fora principalmente de São Paulo, os ônibus executivos estão invadindo as grandes capitais. Além de práticos, eles pegam os profissionais próximos a suas casas e deixam-os em frente ao local de trabalho, reduzindo os gastos com carro, pedágio, estacionamento. “Gasto menos e ainda posso aproveitar a viagem para ler, conversar com os colegas e resolver problemas. Meu rendimento passou a ser maior”, garante José Eduardo dos Santos, coordenador da área de informática do Sebrae-SP.
Enquanto algumas pessoas que moram na própria cidade levam mais de uma hora para chegar ao trabalho, enfrentam trânsito e disputam uma vaga nos transportes coletivos, trabalhadores de outras cidades levam em média uma hora e meia e não precisam se preocupar com estes problemas.
Luiz Claúdio Dezidério, administrador de empresas e coordenador de ônibus executivo há sete anos, esclareceu que a procura por este tipo de transporte sempre foi grande, mas cresce quando aumenta o preço do pedágio e da gasolina.
“O ônibus fretado reduz em quase 40% os gastos do trabalhador.”
Os ônibus estão tornando-se tão populares que até os moradores de São Paulo estão buscando esse serviço. Claúdia Regina Germano, gerente de Recursos Humanos, mora no Butantã e trabalha no Jabaquara. Há dois meses, ela descobriu um ônibus fretado que vem de Campinas e passa em frente à sua casa. “Não exitei, fui logo procurando saber onde era o ponto final. Coincidência ou não, eles iam até o Jabaquara. Hoje posso dormir até mais tarde e aproveitar os quarenta minutos que fico no ônibus para resolver problemas da empresa e até mesmo descansar”, afirma.

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