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Por Rômulo Martins
Estamos próximos de atingir a marca de um celular por habitante no Brasil. São 165 milhões de aparelhos, ou seja, 85% de penetração no mercado, informa Federico Pisani Massamormile, presidente mundial da Mobile Marketing Association (MMA).
Difícil imaginar que esse aparelho compacto, móvel e interativo não faz muito tempo era uma ferramenta grande e pesada que tinha a finalidade única de transmitir informações por meio da fala. O fato é que o tamanho dos celulares foi diminuindo e a sua capacidade aumentou. A tecnologia deu um basta nos modelos analógicos e, em um mundo em que o digital prevalece, surge uma variedade de modelos, com canais interativos, como games, músicas e mensagens audiovisuais personalizadas, além de multiferramentas, como calculadoras e agendas que não deixam a pessoa perder os compromissos.
Hoje estamos na era dos smartphones, os “telefones inteligentes”, aparelhos multifuncionais que se conectam a redes de dados para acesso à internet; os mais desenvolvidos com filmadora, editores de texto e planilhas eletrônicas. E se você está na sala de espera de um consultório médico sem nada para fazer que tal dar uma sapeada na programação da TV pelo seu mobile?
Com tantos atributos assim, esse instrumento que faz parte do dia-a-dia de milhares de pessoas também passa a ser visto como uma mídia de comunicação convergente e uma das mais promissoras ferramentas de marketing. O marketing no celular, contudo, possui algumas vantagens sobre as demais mídias, ressalta o presidente mundial da MMA. Isso porque se trata de uma ferramenta móvel, fácil de comunicar e interagir e permite conhecer o consumidor em sua individualidade.
Mensagens SMS podem ser utilizadas para direcionar o consumidor aos pontos de venda e divulgar campanhas de marketing. É uma maneira estratégica de buscar mais informações sobre o cliente e traçar o decurso dele. Nas lojas, é possível identificar mais profundamente o perfil do usuário, conquistar clientes, oferecendo cupons para concorrer a brindes, e vender produtos ou serviços.
Nesse caso, a internet também é aliada. Segundo Massamormile, Orkut, Facebook, Twitter e outras redes sociais são encaradas como comunidades interativas também utilizadas para entender o usuário em sua individualidade e para analisar a forma como ele se relaciona com os outros, servindo como medidores no desenvolvimento de produtos, construção de marcas, pesquisas, valores, avaliação e canais de vendas.
Práticas para se conseguir informações sobre os consumidores, entretanto, requerem o emprego de um código de conduta que garanta a segurança dos dados sobre os usuários, que devem ser confidenciais, pondera o presidente da MMA.
Outras regras devem ser respeitadas no uso dos mobiles para fins de marketing. “O consumidor tem de estar no controle. É preciso que ele tome uma decisão previamente informado. Que tipo de conteúdo vai receber, quantas vezes, qual a sequência, a informação é paga ou gratuita”, pontua Massamormile.
Tudo isso para garantir a aceitabilidade da informação. “É necessário conhecer o usuário para entregar campanhas relevantes. Por exemplo: saber que eu comprei um computador e me oferecer promoções voltadas a impressoras têm muita probabilidade de ser aceitas. Agora, se estou pedindo informações sobre a copa de tenis e em seguida recebo promoção sobre produtos de limpeza, você está me enchendo”.
Massamormile é otimista. Para ele, “o mobile é o instrumento da vez do marketing” porque se trata de uma mídia horizontal que está sempre presente na vida das pessoas. O presidente da MMA compara os celulares a um controle remoto, que levam o consumidor de um lugar a outro e permitem a interação com as mídias tradicionais – TV, rádio, jornal, revista, internet -, de formato vertical. E por ter a capacidade de congregar todas essas mídias, prometem ser o grande aliado do momento na área de marketing.

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