Uma das áreas que mais crescem no Brasil e no mundo é a área de Tecnologia da Informação (TI). De acordo com o estudo  “Mercado Brasileiro de Software Panorama e Tendências 2022” realizado pela ABES (Associação brasileira das empresas de software), no último ano o Brasil esteve entre os 10 primeiros países no mercado mundial de TI. Quando olhamos apenas para o mercado latino americano, o Brasil lidera o ranking em  1º lugar, seguido pelo  México e a Colômbia.

Não é à toa que essa é uma das áreas que mais contratam ultimamente, por isso, percebeu-se também o aumento da participação feminina no mercado. De acordo com as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, houve um crescimento de 60% de mulheres na área de TI nos últimos cinco anos. Ainda que os últimos anos tenham sido de intenso debate sobre a disparidade de gênero dentro do mercado de TI, a participação de mulheres no setor está longe de um patamar de equidade.

Homens predominam em todos os cargos na área de TI

Durante muito tempo, a área de TI foi predominantemente dominada por profissionais do sexo  masculino. Se por um lado os programas afirmativos para contratação de mulheres e a alta demanda por profissionais de TI têm ampliado a presença feminina no setor, por outro a liderança feminina em TI continua sendo grande motivo de preocupação.

Dados do levantamento da ABES mostram que apenas 37% das mulheres ocupam cargos como direção e gerência e os homens ocupam 67%.  Dentre todos os cargos, a área de coordenação e especialista conta com o número maior de 42% de participação do público feminino.

Fonte Relatório de Diversidade Brasscom

Ao observar este cenário, podemos perceber que mesmo com o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho de TI, a representatividade feminina em cargos de liderança ainda é baixa. A participação dos homens é predominante em todas as áreas e cabe às empresas mudar esse cenário, para que se torne igualmente representativo.

As mulheres no TI recebem menos até em cargos de liderança

Outro ponto que chama bastante a atenção é a desigualdade salarial entre homens e mulheres no setor de TI. Mesmo com as contratações aumentando, o público feminino continua sendo discriminado e recebem menos, mesmo quando desempenham cargos de liderança.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer e divulgada pela Forbes, mostra que esse é um dos mercados mais desiguais entre homens e mulheres, quando se trata de salário. A pesquisa foi realizada com 30 mil empresas do mundo, sendo 759 aqui do Brasil. Segundo os dados, a disparidade salarial é de 36% em cargos de nível executivo. Isso também reflete em níveis de gerência (7%) e cargos operacionais (9%).

Empresas que se destacam na contratação de mulheres na área de TI

Para mudar o cenário da desigualdade salarial, mas também contar com maior representatividade do público feminino na área de TI, as empresas estão se empenhando cada vez mais.

Um exemplo é a fintech Nubank que no mês de outubro abriu inscrições para o Hack Her_Way, um evento de recrutamento que tinha o objetivo de contratar engenheiras na área de Segurança da Informação para níveis júnior e pleno. Esse é um dos projetos que a empresa trabalha para alcançar o compromisso de contratar 3.300 mulheres nos próximos 5 anos e ter 50% dos cargos de liderança ocupados por mulheres até 2025 nas mais diversas áreas da empresa.

Outra fintech que também se destaca na contratação de mulheres para vagas de TI é a Cora. A empresa constantemente abre vagas para o público feminino e foca na igualdade em todos os sentidos.

Vale lembrar que para todas as empresas que abrem vagas afirmativas para mulheres, contemplam todas as orientações de gênero, como: mulheres trans, intersexuais e cis.

O que o mercado de TI busca?

Sem dúvida alguma a área de TI é uma das áreas que mais cresce e que emprega. Mesmo assim, o número de vagas não conta com a quantidade de profissionais necessários para preenchê-las. De acordo com o levantamento da Brasscom, até 2024 estima-se que a busca de profissionais na área de TI aqui no Brasil seja de 420 mil pessoas. Entretanto, o país forma em média 46 mil profissionais por ano, o que não é o suficiente.

Sendo assim, além da graduação na área da Tecnologia da Informação, os profissionais que desejam seguir carreira nesse mercado, precisam contar com as hard skills mais buscadas no setor: 

Além das Hard Skills, o mercado de TI também necessita que o profissional tenha as soft skills necessárias para desempenhar o seu papel. Soft Skills, diferentemente das Hard Skills, foca nas habilidades comportamentais do profissional. Na área de TI as mais solicitadas são:

• Comunicação;
• Liderança;
• Adaptação;
• Pensamento analítico;
• Criatividade.

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