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Por Clarissa Janini
O jornalista canadense Malcolm Gladwell abriu as apresentações no Grande Auditório da ExpoManagement abordando as idéias que tornaram seus livros best-sellers globais – The Tipping Point e Blink – The Power of Thinking Without Thinking.Suas teorias giram em torno de como a criatividade e idéias de vanguarda podem nos fazer rever conceitos no mercado e mudar os hábitos do consumidor. O “marketing epidêmico” transforma um novo produto em necessidade para a sociedade. Como exemplo, ele contou como a primeira transmissão de esportes pelo rádio nos Estados Unidos, no início do século passado, passou de idéia simples a epidemia global. “Uma pequena transformação no ambiente é o suficiente para transformar o cotidiano das pessoas”.
Se você deseja que seu produto ou marca mude a visão do consumidor e se torne uma necessidade no mercado, siga quatro lições para mudanças de grande impacto ensinadas por Gladwell:

  • Velocidade da mudança – O jornalista explicou que nem sempre mudanças de grande impacto demoram a acontecer e custam caro. É necessário, apenas, antecipar-se e realizar pequenas, porém críticas, mudanças. “Vejam o exemplo da segurança de Nova York, que nos anos 90 era caótica e, a partir de pequenas mudanças na polícia, tornou-se muito mais eficiente”. Ele afirmou que o modo de vida das pessoas é algo muito volátil, portanto, pequenas transformações são extremamente eficazes.
  • Idéias inesperadas – Entregar ao consumidor idéias inovadoras e completamente inesperadas é uma das chaves para promover transformações profundas e duradouras no mercado. “Os consumidores normalmente não têm uma idéia muito clara do que querem. Há momentos em que temos de liderá-los, e não sermos liderados por eles”.
  • Rever conceitos – Segundo o jornalista, mudanças não são possíveis sem que haja a revisão de idéias e conceitos já incrustados na sociedade. Como exemplo, ele cita o Ipod, que reformulou o conceito e a forma de se ouvir música. “Os MP3 eram complicados, tinham muito botões. O layout clean e simples do Ipod tornou o ato de ouvir música tão fácil como comprar um cinto. Trouxe a tecnologia para perto das pessoas, por isso não é de se espantar seu sucesso”.
  • Poder social – Gladwell considera o poder social muitas vezes mais importante do que o econômico e o político na hora de obter êxito em um projeto. Ele explica: a maioria das pessoas conhece mais ou mesmo o mesmo número de pessoas, o que representa três ou quatro “mundos sociais” diferentes (família, amigos da faculdade, colegas de trabalho, etc.). Mas há aqueles que têm uma rede de contatos gigantesca e conseguem pertencer a vários “mundos sociais”. “Chamo de connectors as pessoas que têm elevado poder social e usam as informações de seus contatos para estarem sempre atualizadas”. Um connector possui vantagens desde o acesso às mais diversas informações à indicação de um emprego. “Nossos amigos e familiares vivem no mesmo mundo que nós, portanto não têm muito a acrescentar do ponto de vista estratégico”. Gladwell diz que osconnectors estão espalhados pela sociedade de modo uniforme e, se você não é um deles, é bom estar sempre perto de um. “Os políticos são, geralmente, bons connectors, mas, caso contrário, procuram sempre ter algum ao seu lado”. No ambiente corporativo, ser ou estar perto de um exemplar desses é garantia de boa propaganda para seu negócio. “Não mudamos um comportamento se não houver um bom emissor para divulgar amplamente a nova idéia”.
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