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A diferença entre o salário de gerentes e auxiliares administrativos no Brasil aumentou em 4,2% de 2006 para 2007. É o que aponta o relatório global Pay Gaps , realizado pelo Hay Group a partir de dados de mais de 12 milhões de colaboradores de empresas de 61 países, no qual foi analisada a variação média dos salários de diferentes cargos de cada uma delas.
O resultado mostra que nove dos 12 países latino-americanos estudados estão entre as 21 primeiras nações com maior gap – o primeiro lugar corresponde aos países com maiores diferenças entre os salários dos cargos de gerentes para os auxiliares. A Guatemala, por exemplo, tem a maior porcentagem de mudança, aumentando o “abismo” na remuneração em 21,4%.
A Argentina é uma exceção no grupo, já que se manteve na 28ª posição, com diminuição de 0,5% na variação, mantendo-se estável em relação ao pagamento para os níveis gerenciais e administrativos devido à recuperação de sua economia. “Se o cenário continuar positivo, essa diferença tende a diminuir mais ainda”, ressalta Francisco Peró, consultor sênior do Hay Group na Argentina.
O Brasil ocupa a 17ª posição do ranking, subindo uma posição em relação a 2006. Os gerentes brasileiros recebem, em média, 7,3 vezes mais que os auxiliares administrativos. Segundo Peró, esse aumento na remuneração dos gerentes se deve aos excelentes resultados da economia, fazendo com que as companhias nacionais se preocupem mais com a retenção de seus talentos. “Quando o mercado se torna mais estável, é possível notar o desenvolvimento dos talentos locais, o que facilita esse aumento no gap entre salários”.
BRICs
Segundo a pesquisa, a diferença entre gerentes e auxiliares administrativos é mais visível em países emergentes, nos quais a grande demanda por talentos está inflacionando o salário sênior em comparação com cargos mais baixos. Essa tendência é claramente visível nos BRICs, tendo a China no topo da lista com uma diferença de 11,8%, seguida pela Rússia, na 10ª posição, e Índia, na 14ª.
De acordo com Peró, os resultados refletem o crescimento globalizado do mercado de talentos seniores, que passou a exigir, mesmo das empresas locais, um salário “internacional” para atrair os gerentes top . “Os auxiliares administrativos, no entanto, não precisam ser remunerados de acordo com patamares globais e tendem a receber salários mais na linha dos custos de vida”, conclui.
Ranking dos países com maior gap de salários

Posição País 2007
1 China 11,8
2 Tailândia 10,7
3 Vietnã 9,8
4 Romênia 9,8
5 El Salvador 9,6
6 Guatemala 9,4
7 Republica Dominicana 9,1
8 Indonésia 9,1
9 Polônia 9,1
10 Rússia 8,7
11 Costa Rica 8,6
12 Peru 8.0
13 Egito 7,9
14 Índia 7,7
15 Chile 7,3
16 Venezuela 7,3
17 Brasil 7,3
21 México 6,4
28 Argentina 5,6
43 Estados Unidos 3,7
61 Noruega 2,3

Trabalhadores da construção civil têm reajuste de 8,51%
em alguns municípios do interior paulista


Os presidentes do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), João Claudio Robusti, da Feticom (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo), Emilio Alves Ferreira e de 28 sindicatos de trabalhadores do Interior do Estado assinaram Convenção Coletiva de Trabalho em 16 de maio.
Pelo acordo, os salários têm reajuste de 8,51% desde 1º de maio. O salário normativo aumentou para R$ 628,10 por mês ou R$ 2,855 por hora, para 220 horas mensais.
O tíquete-refeição passou para R$ 10. Alternativamente, as empresas poderão conceder cesta básica, que passou para 30 quilos, com acréscimo de vários produtos.
Continuam em vigor as demais disposições da convenção coletiva firmada em 2007, como o valor das horas extras, as exigências para a contratação de subempreiteiros, o banco de horas, a possibilidade de contratação de seguro de vida, a possibilidade de opção pelo plano de saúde do Seconci-SP e a formação de duas comissões paritárias: uma para a elaboração de propostas que contribuam para erradicar o déficit habitacional e criar empregos formais, e outra para discutir metodologias, formas e modalidades de pagamento da participação dos trabalhadores nos resultados das empresas.
As disposições da convenção valem para os municípios abrangidos pelos sindicatos de trabalhadores da construção civil de Araras; Araraquara; Assis; Barra Bonita; Barretos; Campos do Jordão; Capivari; Cruzeiro; Duartina e região; Franca; Itapeva; Itatiba; Itu; Jaboticabal; Jaú; Marília; Mirassol e Votuporanga; Mococa; Mogi Guaçu, Estiva, Espírito Santo do Pinhal, Itapira, São João da Boa Vista, Aguaí e Santo Antonio do Jardim-SP; Ourinhos; Panorama; Piracicaba; Presidente Prudente; Registro; Ribeirão Preto; São Carlos; São José do Rio Preto; Sorocaba e Região.
O SindusCon-SP continua em negociações com outros sindicatos do Interior do Estado, com vistas à assinatura de novos acordos. A convenção coletiva para os trabalhadores da capital paulista já foi assinada, também com reajuste de 8,51%.

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