Por Gisèle de Oliveira
O sonho de qualquer empresa é ter um mercado somente seu, livre de concorrentes e lucrativo. Certo? No entanto, este é um cenário que pode parecer uma utopia distante diante da crescente concorrência que norteia os negócios ao redor do mundo. Mas não para W. Chan Kim – co-autor do best seller A Estratégia do Oceano Azul, consultor e professor do INSEAD (França). E é exatamente disso que ele trata em seu livro e o que propôs ao público que participou da palestra “Estratégia inovadora”, no terceiro e último dia da ExpoManagement 2006.
Kim chama o mercado altamente concorrido de Oceano Vermelho e diz que as companhias precisam aprender a criar seu próprio Oceano Azul, que nada mais é que um novo mercado, explorado somente por elas, pelo menos no início. “A Estratégia do Oceano Azul é contínua, dinâmica, você não vai usar uma vez somente, porque o Oceano Azul, a partir de um momento, começa a se transformar no Vermelho, porque os outros começam a copiar”, afirmou o consultor.
Segundo ele, as organizações continuam investindo no Oceano Vermelho por medo, porque acham arriscado. “É preciso mudar isso, impulsionar a criatividade nas empresas. A mudança é gradual, não é de uma hora para a outra”.
Premissas da Estratégia do Oceano Azul
• Conseguir diferenciação com baixa dos custos
• É orientada para o não-cliente
• Nunca se limita aos limites da concorrência
• Não se quer derrotar a concorrência, mas ser mais criativo que o concorrente
• Reconstruir a realidade e, com isso, criar um novo mercado
As diferenças entre os Oceanos
Oceano vermelho
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Oceano azul
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Compete num mercado existente
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Compete num mercado novo
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Visa bater a concorrência
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Torna a concorrência irrelevante
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Explora demanda existente
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Cria uma nova demanda
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A vez do não-cliente
Para Kim, um dos grandes erros das companhias é a concentração demasiada nos clientes, deixando de lado aqueles que podem vir a formar uma nova clientela. “Não estou dizendo que não é para dar importância ao cliente, muito pelo contrário, mas é preciso descobrir algo novo com os não-clientes para depois apresentá-lo ao cliente, pois dessa forma você vai surpreendê-lo”, ensinou o professor.
Veja como a Estratégia Oceano Azul encara essa relação com clientes e não-clientes:
• Monte pesquisas para não-clientes ou para aqueles que odeiam sua companhia, que adoram seus concorrentes
• Mantenha o foco nos não-clientes
• Descubra o novo com os não-clientes e depois ofereça aos clientes
• Faça testes com clientes quando tiver uma idéia criativa
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