Carreiras | Empregos

por Daniele Aronque
Uma pesquisa feita pela consultoria William M. Mercer (EUA) revela grandes diferenças entre os períodos de férias e na legislação trabalhista que os regulamenta em vários países do mundo.
Os números da pesquisa mostram que, dependendo do lugar onde se vive, as férias e feriados agrupados variam entre 29 e 43 dias de descanso ao ano. Mas ainda existem muitas diferenças entre os países, principalmente quando se trata da Comunidade Européia. Na Europa, por exemplo, países como Bélgica e Itália concedem aos trabalhadores cerca de 20 dias de férias enquanto Alemanha e Áustria são mais generosas, permitindo 30 dias de descanso por ano (como acontece no Brasil).
Cada local estabelece as regras de acordo com suas leis trabalhistas. Assim como no Brasil a jornada de trabalho alcança uma média de 40 horas semanais, a Inglaterra tem 48 e a França, 35. Esses fatos podem parecer isolados, coisas que só importam aos trabalhadores daqueles países, mas as exigências locais são como um campo minado para as multinacionais.
Segundo o consultor da Mercer, Senir Fernadez, quando uma multinacional envia seus funcionários para trabalhar em outros países, eles devem seguir as leis trabalhistas do país para onde foram transferidos (isso não aplica para casos de visitas e trabalhos temporários ).
“Quanto maior for a semelhança entre os países no que diz respeito à carga horária mensal e dias de férias melhor para as pessoas e para as empresas, pois isso facilita a adaptação nas transferências entre países”, explica Fernandez.
A nova jornada de 35 horas da França foi o que trouxe à tona vários problemas que a falta de harmonia entre as leis pode causar. Os funcionários de empresas francesas estão acumulando horas extras e anos de aposentadoria, o que causa prejuízo para as organizações. A longo prazo, isso vai fazer com que as multinacionais procurem países mais flexíveis e atraentes para instalar suas filiais.
Para o consultor , mesmo com todas as controvérsias que a França vem causando, a pesquisa deixa claro que a tendência do futuro é a diminuição da carga horária. “Os fatores que mais sinalizam essa tendência é a tecnologia servindo de facilitadora e potencializadora da produtividade e também a própria sociedade querendo alcançar uma melhor qualidade de vida e aumento nas vagas disponíveis”, diz ele.

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