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Por Clarissa Janini
“Saia do quadrado!”. Este foi o mantra ensinado pelo professor e psicólogo Roberto Hirsh durante sua palestra no primeiro dia do Career Fair 2005. Sua missão foi mostrar, na prática, aos participantes as diversas maneiras de se conseguir ir além das idéias padronizadas.
Hirsh iniciou a apresentação com um pequeno teste: pediu a todos que fizessem um desenho com quatro linhas iguais. Depois, perguntou o que as pessoas haviam desenhado e notou que a maioria havia feito um quadrilátero. “Isso representa um pensamento linear, pois um quadrado é a forma mais simples e óbvia que poderia ter sido feita”. Ele continuou a palestra com outros jogos lúdicos em que treinava os participantes a olhar e imaginar soluções diferentes para os problemas. “É preciso arriscar-se através de outras possibilidades sem temer os julgamentos”.
Criar e inovar
Ele surpreendeu a platéia ao explicar que, para ser criativo e inovar mais, era preciso “errar mais e mais rápido”. Afirmou que é tentando e errando que aprendemos a nos distinguir dos demais. “Não dá para ter resultados diferentes se eu não buscar de formas diferentes”. Para isso, ele novamente afirma que é preciso superar o medo do julgamento alheio. “Se tenho medo de errar, fico paralisado”.
Ele também explicou a diferença entre criar e inovar. “Criar é pensar em algo novo. Já inovar é fazer algo novo”. Para conseguir inovar, ele disse ser preciso arriscar-se, encarar a vida com humor, possuir curiosidade infantil e ter atitude de mudança. “Não existe problema sem solução”.
A palestra de Hirsh foi marcada pela interatividade com a platéia, que por muitas vezes foi incitada a raciocinar para encontrar soluções criativas para os problemas sugeridos. Exercícios físicos também foram propostos para reforçar a importância de desprender-se dos padrões. O professor pediu, a certa altura da apresentação, que todos se levantassem e ocupassem o maior espaço possível. “Agora, quero que vocês se encolham o máximo possível. Cerrem os punhos, fechem os olhos. Viram como é bem mais agradável estarmos abertos?”, finalizou o professor.

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