Depois de conquistarem seu espaço no ambiente de trabalho, as mulheres partem agora para uma conquista mais ambiciosa: a Internet. Segundo previsões de alguns dos mais conceituados órgãos de pesquisa do mundo, até 2003, acredita-se que elas estarão representando 49% dos usuários internautas dos Estados Unidos, contra apenas 28% em 1998.
Este fenômeno também já pode ser sentido no Brasil. Hoje em dia, as mulheres respondem por 43% dos currículos enviados ao Empregos.com.br, o maior site de recrutamento e divulgação de currículos pela Internet. Dos 245 mil currículos armazenados no banco de dados da empresa, 100 mil são femininos.
Desse montante, 65% são do estado de São Paulo. Depois vem o Rio Grande do Sul (19%) seguido pelo Rio de Janeiro (5%).
Mas ao mesmo tempo em que a tendência abre oportunidades para os estrategistas de marketing on-line, também traz novos desafios: as demandas das mulheres são muito particulares, seja na procura de informação para suas microempresas, seja na compra de uma roupa ou cosmético de um aparelho eletrônico ou mesmo de um carro. Atrair sua atenção e retê-las como clientes exigem táticas diferentes das utilizadas para os consumidores masculinos.
Apesar de passarem menos tempo conectadas à rede – seis horas em média, contra nove dos homens -, seu comportamento de compra é mais avançado. De acordo com os analistas do órgão de pesquisa norte-americano Forrester Research, primeiro elas testam a compra de um produto de conveniência barato. Se tudo der certo, passam para o segundo passo, que é a compra de um item mais caro (uma passagem aérea ou um aparelho de som, por exemplo). Finalmente, adotam a Internet como o veículo rotineiro de compras de supermercado, farmácia e produtos de beleza. No primeiro trimestre deste ano, elas gastaram em média US$ 140 em aquisições on-line (principalmente em livros), contra US$ 209 dos homens (que preferem softwares), mas a previsão é de que os valores se igualem em 2003.