Por Rômulo Martins
Formação apropriada ao cargo almejado, atualização constante, conhecimento avançado em informática, experiência na área, domínio de idiomas estrangeiros são algumas exigências para o profissional manter-se competitivo e sobreviver no mercado de trabalho. Possuir essas competências, contudo, não significa mérito para ocupar um cargo tampouco capacitação ou adequação profissional para conseguir um emprego.
Claudia Barone, coordenadora do Programa Preparação para o Trabalho, desenvolvido com jovens de 15 a 21 anos por meio da organização não-governamentalAção Comunitária, afirma que as empresas têm valorizado de modo crescente competências que não podem ser medidas ou simplesmente prenunciadas em um currículo. Trata-se de características ligadas a valores e missão pessoais que devem ser comprovadas com atitudes desde o primeiro dia que você botar os pés na organização em que deseja trabalhar. Confira quais são elas:
Autoconhecimento
Para estar certo do que realmente você quer para a vida profissional é preciso se conhecer. Só assim se sentirá satisfeito no campo pessoal e na carreira e tomará decisões assertivas. Saberá definir também quais são os seus pontos fortes e quais habilidades precisam ser desenvolvidas ou aprimoradas. Segundo Claudia, o indivíduo se conhece bem quando está ciente de sua história de vida, tem contato com a cultura local, é socialmente engajado e descobre qual é a sua missão.
Autogestão
Para atingir metas e objetivos o indivíduo deve aprender a administrar a própria carreira. É preciso conhecer qual o caminho a ser percorrido para alcançar suas ambições. Isso se faz com informação, pesquisa e troca de experiências com o outro. Quem sabe gerir a vida profissional enfrenta os desafios com motivação.
Bom relacionamento interpessoal
Quem se conhece bem também sabe lidar melhor com as próprias emoções e com o outro. Conviver em equipe requer ainda saber ouvir. No universo corporativo, pede-se que os profissionais troquem experiências para se conhecerem melhor. O objetivo é promover o envolvimento e o comprometimento com o trabalho e o respeito entre as partes para o alcance dos resultados.
Domínio da comunicação
A comunicação oral e escrita e a linguagem não-verbal é importante para evitar erros de interpretação, conflitos e não prejudicar as relações humanas e a produtividade dentro da organização. Quem se comunica bem é facilmente compreendido e mais assertivo, pois transmite informações e conhecimento com clareza e objetividade.
Proatividade
Profissionais que tomam a iniciativa e superam as expectativas das empresas são extremamente valorizados e têm mais chances de conquistar o sucesso no trabalho. Isso porque, grosso modo, propõem ideias criativas e inovadoras e solucionam problemas com agilidade.
Espírito de coletividade
Para ajudar os colaboradores a saírem da “caixa” e promover a coletividade grandes empresas têm financiado seus próprios institutos e fundações e beneficiando profissionais que prestam serviço como voluntário no segmento do terceiro setor. Segundo Claudia, indivíduos com essa vivência costumam se destacar no meio empresarial.
“Midiático”
Entender os recursos e a linguagem de ao menos uma rede social e estabelecer relações com profissionais da sua área através dela é visto com bons olhos pelas empresas. As corporações valorizam o profissional antenado nas novas plataformas de comunicação e prestam atenção no tipo de informação que você busca ou posta nas redes, bem como nos pontos de vista declarados nelas por meio de fóruns ou debates.
Marketeiro
O público e o privado estão cada vez mais juntos, ainda mais com o advento das redes sociais. Isso significa que onde quer que você esteja sempre estará representando sua empresa. Muitas vezes você estará sendo observado sem perceber. Sendo assim, é necessário preservar a imagem. Essa competência engloba todas as mencionadas anteriormente. Deve ser desenvolvida com bom senso. Marketing pessoal não é propaganda enganosa. Faça-o de maneira peculiar. Seja você mesmo, jamais simule comportamentos.