O setor de turismo, que engloba hotelaria e lazer, é um dos que têm apresentado maior crescimento nos últimos anos. Uma das mais importantes para a alavancagem da economia de um país, a indústria do turismo cresce de maneira extremamente veloz em todo o mundo, garantindo o crescimento econômico-social das mais diversas regiões. A indústria do turismo movimenta cerca de 11% das riquezas e gera cerca de 200 milhões de empregos em todo o mundo.
No Brasil, segundo pesquisa do IBGE, o turismo influencia 52 segmentos diferentes da economia, empregando, em sua cadeia, desde a mão-de-obra mais qualificada, até a de menor qualificação, tanto no emprego formal quanto no informal. No concorrido ranking da Organização Mundial de Turismo, o Brasil pulou do 43º lugar em 1994 para o 29º em 1999.
“O problema é que comparado às potencialidades brasileiras, o atual panorama do turismo ainda é limitado”, constata presidente da Embratur, Caio Luiz de Carvalho. A Espanha com seu reduzido território, recebe 20 vezes mais turistas estrangeiros do que o Brasil.
Com o objetivo de captar 6,5 milhões de turistas estrangeiros até 2003, e de expandir para 57 milhões de consumidores o fluxo de turismo doméstico, gerando 500 mil novos empregos, o programa de desenvolvimento sustentado Avança Brasil reserva recursos superiores a R$ 800 milhões para a Embratur investir em programas e promoção.
No Maranhão, por exemplo, ações de incentivo ao turismo receberão um aporte de R$ 475 milhões até 2010, fruto de investimentos públicos e do apoio do PRODETUR (Programa de Desenvolvimento do Turismo) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O objetivo é chegar aos 1,5 milhão de visitantes anuais até o final da década, contra os 460 mil atuais, além de gerar 140 mil empregos.
Só na iniciativa privada, 120 mil empregos diretos e 420 mil empregos indiretos serão criados. No setor hoteleiro, cerca de um milhão de empregos já são mantidos, direta ou indiretamente, pela indústria do turismo nacional. No setor hoteleiro, cerca de 300 novos hotéis serão construídos até 2003 e cruzeiros marítimos irão empregar cerca de 5 mil profissionais ainda no ano de 2001.
O mercado brasileiro de parques de diversões cresceu 25% em faturamento e público no ano 2000, segundo dados da ADIBRA (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil). “O setor vive uma fase de consolidação, depois do boom de parques temáticos e aquáticos há 5 anos”, afirma Francisco Lopes, presidente da ADIBRA. Para este ano, a perspectiva de público é de mais de 20 milhões de pessoas e o faturamento de mais de meio bilhão de reais. Hoje, o setor gera 10 mil empregos diretos no país e pelas projeções da Associação, deverá empregar em torno de 20 mil pessoas em 2005.
“Nós acreditávamos que turista tinha que cair do céu porque o Brasil era lindo por natureza. Com isso, perdemos muito tempo”, afirma o presidente da Embratur, Caio Luiz de Carvalho. Agora é a hora de investir e conseqüentemente, gerar empregos para desenvolver o segmento, que é extremamente promissor.