Pobres economistas. Não dão uma dentro! Ou pobre de nós, que baseamos nosso futuro em previsões econômicas que nunca se realizam.
Talvez a lição mais sábia que as últimas crises nos ensinaram é que teremos que lidar cada vez mais com imprevistos. E não estamos falando apenas de jogo de cintura, ou das pequenas surpresas do dia a dia. Estamos falando em planejamento de carreiras, lançamento de produtos e decisões de vida que precisam ser tomadas quase que no escuro.
Já que essa passou a ser nossa realidade, está na hora de aceitá-la. Precisamos passar a pensar e agir contando com o imprevisível.
Como fazer? Em primeiro lugar, vamos ter que transformar nossa forma de pensar. Vamos ter que nos livrar de velhos paradigmas – aqueles do tempo em que o planejamento estratégico ditava as regras da administração. O que se percebe hoje é que vamos ter que lidar com estratégia, e muito. Mas de outra forma.
Teremos que combinar nossas decisões e o pensamento proativo com jogo de cintura, habilidade para perceber reações externas e capacidade para mudar a todo instante.
Um exemplo? Você sabia que, nos Estados Unidos, os bancos lançaram os caixas automáticos tendo em mente um público de executivos, ou pessoas em geral demasiadamente ocupadas? Pois os principais clientes dos caixas automáticos no início foram os imigrantes, pessoas que, pela dificuldade com o idioma inglês, não gostavam de se dirigir ao caixa.
Houve um erro de previsão? Talvez, mas e daí? Em vez de se preocuparem com erros e culpados, os bancos passaram a implantar seus caixas automáticos nos bairros onde moravam os tais imigrantes.
Moral da História: um projeto não sai pronto da mente de seu criador. O que ele cria é uma visão que se aprimora durante sua produção por meio das reações dos clientes e pessoas envolvidas.
Se acreditarmos que fazer dar certo significa fazer algo acontecer da forma que havíamos previsto, não perceberemos as oportunidades embutidas naquilo que não conseguimos antever.
Fala-se muito em mudanças. E o que muda na atuação das pessoas e organizações devido às transformações? Além do planejamento, a intuição. Além da organização, a flexibilidade. Além do controle, monitoramento e aprimoramento constantes.
Talvez o mais importante seja parar de explicar porque vai dar certo. Em vez disso, usar a persistência, a sensibilidade e o jogo de cintura para fazer dar certo.
Tomando decisões num mundo imprevisível
Pobres economistas. Não dão uma dentro! Ou pobre de nós, que baseamos nosso futuro em previsões econômicas que nunca se realizam. Talvez a lição mais sábia que as últimas crises nos ensinaram é que teremos que lidar cada vez mais com imprevistos. E não estamos falando apenas de jogo de cintura, ou das pequenas surpresas […]
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