Carreiras | Empregos

Por Rômulo Martins
 
Dirigido de início aos líderes, gestores e à alta direção das empresas, o coaching era utilizado principalmente para ajudar uma classe privilegiada de profissionais a liderar seu time. Hoje até os adolescentes procuram o coaching como instrumento para a escolha de carreira. Profissionais insatisfeitos com o trabalho, que desejam mudar de área, também recorrem cada vez mais à ferramenta.
Segundo a Sociedade Brasileira de Coaching, o crescimento médio anual do coaching chegou a 300%. O ICF (Internacional Coaching Federation) define o recurso como um relacionamento que ajuda pessoas a produzir resultados em suas vidas pessoais, carreiras, empreendimentos ou organizações. De acordo com o órgão, por meio do coaching, o profissional aprofunda o aprendizado e melhora a qualidade de vida. A interação com o coach faz com que o indivíduo descubra seus sonhos, suas metas e seu potencial ainda inexplorado.
“O coaching é capaz de provocar reflexões e estimular descobertas que levem o profissional a uma decisão consciente. Especificamente na escolha de carreira, o papel do coach é proporcionar ao coachee (aquele que recorre à ferramenta) acesso aos seus recursos internos. A ele cabe buscar o significado de cada alternativa ou da própria escolha – se já estiver feita – ou ainda, se necessário, de uma reformulação radical”, explica Shirley Lucchesi, coach e consultora de recursos humanos.
Conforme Pablo Aversa, senior partner da Alliance Coaching, o coaching proporciona mudanças porque quem o utiliza, além de avaliar-se constantemente, tem condições de observar a percepção que os outros têm dele. “Muitosprofissionais optam pelo coaching por já estar desconfortável no trabalho. Outros querem mudar de carreira, mas não sabem como”, ressalta. Aversa pontua que, neste último caso, a função do coaching é preparar o profissional durante o processo de transição de carreira. “O desafio é fazer isso de forma serena e tranquila, proporcionando felicidade em suas tarefas.”
Realização plena
Arthur Diniz, especialista no desenvolvimento de lideranças e autor de “Líder do futuro: a transformação em líder coach”, acredita que o principal resultado de um processo de coaching é ajudar o profissional a desenvolver a “sonhabilidade”. “As pessoas não decidem suas carreiras baseando-se no que gostam de fazer, mas naquilo que acham possível. Ou, o que é ainda pior, naquilo que seus pais e amigos pensam ser possível.”
Segundo Diniz, sócio-diretor da Crescimentum, o coaching é uma ferramenta de reflexão que auxilia profissionais no cumprimento de metas e pode ainda salvá-los de uma carreira desencontrada e infeliz. Contudo, é preciso cautela para não consumir um subcoaching, reforça o especialista. Definir objetivos, avaliar o currículo do coach, conversar sobre a metodologia do serviço e contatar referências profissionais é fundamental antes de iniciar o coaching. “Mais importante do que todos os critérios é a empatia e a confiança entre o coach e o coachee”, destaca Diniz.
Pablo Aversa, da Alliance Coaching, aponta sete situações em que o coaching é recomendado:

  • 1. Estagnação ou falta de motivação no trabalho;
  • 2. Sobrecarga, esgotamento;
  • 3. Dificuldade no alcance de metas e objetivos;
  • 4. Problema em adaptar-se no novo cargo ou área;
  • 5. Autoimagem e percepção do outro distintas;
  • 6. Falta de habilidades para realizar tarefas;
  • 7. Inveja do trabalho alheio.
Avalie:

Comentários 0 comentário

Os comentários estão desativados.