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Vida sedentária e uma forte tendência ao alcoolismo. Há dois anos, este era o “estilo” de vida de Vânia Mendonça, chefe do departamento administrativo de uma empresa do ramo agrícola. Resultado: infarto e afastamento do emprego por dois meses, para tratar-se. “Tive dificuldades em adaptar-me a rotina fora do escritório, estava tão acostumada com o estresse que senti falta desta agitação nos primeiro dias”, confessa.
Hoje, com 37 anos, Vânia pode dizer que é outra mulher. Mudou seus hábitos alimentares, reserva sempre duas horas do dia para exercitar-se e na hora do estresse ela respira fundo e conta até dez. “Ajuda a relaxar e aliviar a tensão dos músculos. Infarto nunca mais.”
Outra que sofreu problemas semelhantes foi a aposentada Iolanda Chaves, 65 anos. Há dois anos, ela começou a sentir fortes dores no peito e braço direito. Não deu importância, achando que fosse alguma dor muscular ou até mesmo cansaço. “Quando cheguei no hospital, estava tendo um infarto”, declara.
Mãe de três filhos e separada há 30 anos, Iolanda sempre teve uma vida estressante, trabalhando como gerente de lojas. Sua rotina era levantar cedo todos os dias, deixar o almoço preparado para as crianças, que à época tinham 11, 8 e 7 anos, e ir trabalhar. Voltada para casa somente à noite, sem ânimo para mais nada e quase sempre muito nervosa. “Trabalhar com o público cansa, você tem de se mostrar gentil e simpática o tempo todo. Não pode deixar que os problemas pessoais se tornem visíveis.”
Em casa, mais preocupações. O ex-marido nunca pagou a pensão para os filhos após o divórcio, o salário quase sempre não supria as necessidades da casa e os filhos cobravam mais atenção da mãe. “Não podia deixar de trabalhar para cuidar deles, todo este esforço foi para dar-lhes uma vida melhor”, declara.
Nesta fase, Iolanda buscava no fumo e nos calmantes uma forma de relaxar e esquecer das preocupações do dia por alguns instantes. Chegava a fumar dois maços por dia, além de passar várias noites sem dormir. “Passei por momentos muito difíceis.”
Com a aposentadoria, o sonho de viver uma vida sossegada foi interrompido por problemas de saúde. Primeiro ela teve de operar da tireóide e depois passou por uma cirurgia de angioplastia. Hoje, precisa tomar medicamentos para a circulação e controlar a alimentação. Ela tem uma das artérias da coronária obstruída e uma forte tendência a sofrer outro infarto.

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