por Camila Micheletti
Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Japão… São muitas as opções para trabalhar no exterior. Em início de carreira profissional, você já pode – e deve – imaginar caminhos para ampliar seus conhecimentos e sua visão global.
Veja o exemplo de Renata Aquino. Jornalista, foi para Londres fazer um mestrado pela empresa em que trabalhava, um site de tecnologia. Lá conseguiu arrumar dois empregos e se deu muito bem. “Dá para trabalhar, estudar e curtir também, desde que você planeje bem suas finanças e saiba se adequar à realidade do lugar. A experiência é realmente gratificante e faz você repensar a maneira de ver o mundo”, explica ela, que voltou porque conseguiu uma recolocação melhor no site e tinha outros projetos por aqui.
Outro ponto favorável é a variedade de atividades: você pode fazer um trabalho remunerado em um resort na Califórnia, pode ser Au Pair (baby sitter) na Inglaterra ou ainda participar como trainee de um treinamento internacional. Este último caso geralmente acontece com funcionários de empresas multinacionais que promovem este tipo de programa entre os trainees.
Como planejar
Planejamento é a alma do negócio, também neste caso. Veja algumas dicas importantes para decidir sobre a sua empreitada internacional:
- Pesquise sobre o lugar para onde pretende viajar, as condições do mercado de trabalho na região, os hábitos, as opções culturais, e claro, de lazer
- Faça vários contatos antes de ir. A Internet é uma boa forma de conhecer moradores do lugar, seja por meio de programas de comunicação instantânea – como o ICQ -, chats ou mesmo listas de e-mail. Pegue endereços legais e dicas com amigos que já foram também
- Prepare um orçamento, para saber quanto seu dinheiro vai durar – e planeje para que isso aconteça na data correta. Ficar no vermelho lá fora ou quando voltar não é uma boa opção
- Tenha uma estratégia de fuga – a viagem não deu certo, você quer voltar? Veja antes de sair daqui o que a empresa, a agência de intercâmbio ou você sozinho poderão fazer para resolver isso
Você ainda está em dúvida sobre viver ou não uma experiência fora do país? Confira alguns motivos que podem fazer você decidir:
Aventura: imagine a sensação de estar num país totalmente diferente do seu, com culturas e hábitos novos e pessoas com uma visão de mundo bem distante da sua – é uma aventura e tanto, não?
Perspectiva global: não há como sair do país do mesmo jeito que entrou. Conhecer outra cultura faz você repensar uma série de coisas e abrir a mente. Você estará lidando com diferenças dia-a-dia, principalmente em grandes metrópoles como Londres, Nova York, Sidney e Toronto. Por isso, aproveite ao máximo a oportunidade e conheça a fundo o lugar, a cultura, a língua e as pessoas do país.
Possibilidade de riscos: Violência e pessoas mal-intencionadas existem em todos os países, sejam eles de primeiro mundo ou não. Não pense que estando em Toronto, no Canadá, você elimina as chances de ser assaltado ou sofrer um problema com estelionato, por exemplo. Você deve estar sempre atento a tudo, inclusive no ambiente de trabalho. É justamente essa possibilidade de risco que faz a experiência ainda mais rica e produtiva para sua vida pessoal e profissional.
Crescimento profissional: Sem dúvida, com uma experiência no exterior seu currículo passa a ter um atrativo a mais, você tem um diferencial perante os outros candidatos do mesmo nível que você.
Conhecimento de outro idioma: Esse é um motivo quase óbvio. Indo para outro país você estará convivendo diariamente com o idioma nativo, o que possibilita que você volte com muito mais habilidade para falar, escrever e ouvir. Mas lembre-se que esse conhecimento varia com o que você já sabe da língua. Não pense que passar um mês em Londres vai fazer de você um londrino típico, se você só sabe o “The book is on the table”. Você pode melhorar bastante, mas milagres não acontecem – pelo menos não tão facilmente…
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