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Sempre que pensamos em amor, romance, paixão, primeiro encontro temos sensações bem características, como friozinho na barriga, nervosismo, ansiedade, insegurança. Reações que podem muito bem ser aplicadas em outras circunstâncias da vida e que normalmente achamos que não têm nada em comum entre si. De acordo com artigo publicado no site Monster.com, um encontro amoroso às escuras pode ser equivalente à primeira entrevista de emprego de um candidato. Veja abaixo um comparativo das duas situações com comentários do consultor Luis Felipe Cortoni.
Considere que Patrícia irá participar de uma entrevista de emprego e Rafael tem um encontro marcado com uma pessoa desconhecida.
Pré-entrevista e devaneios sobre o primeiro encontro

  • Rafael: “Preciso de alguém em minha vida, qualquer companhia calorosa”.
  • Patrícia: “Necessito desesperadamente de um emprego, o primeiro que me aparecer”.

Situações de desespero em ambos os casos são comuns, mas evite focar no resultado. Mire, sim, nos aspectos positivos da experiência que irá passar. E “seja sempre você mesmo, não importa a situação”, afirma Cortoni.
O encontro: primeiras impressões e química

  • Rafael sente uma forte ligação com sua companhia: “ela é exatamente o que estive procurando”.
  • Patrícia não tem um bom pressentimento sobre o entrevistador, que é frio e distante.

As primeiras impressões sobre alguém são feitas nos 10 segundos iniciais do encontro. Química e opinião sobre o outro são formadas a partir da linguagem corporal e aparência. Para contornar a situação de Patrícia, o consultor recomenda aliviar a tensão controlando e diminuindo o ritmo da conversa.
Conhecendo-se aos poucos

  • Rafael presta atenção na conversa cuidadosamente com o intuito de confirmar suas primeiras impressões.
  • Patrícia sente que o rumo da entrevista muda positivamente ao citar experiências de sucesso na carreira para o entrevistador.

Primeira impressão nem sempre é a que fica, como no caso de Patrícia. Saber conduzir de forma equilibrada a conversa pode mudar o jogo a seu favor. “O candidato precisa reconhecer qual a demanda em relação ao formato da entrevista e se adaptar a ela”.
Experiências passadas

  • Rafael fica conhecendo melhor sua companhia quando ela conta episódios de sua vida.
  • Patrícia conta casos específicos de seus trabalhos anteriores, o que faz com que o entrevistador perceba detalhes similares com o cargo pretendido.

Histórias peculiares são como uma prova de que você esteve lá e realizou tudo o que disse. Mas cuidado, assim como num primeiro encontro é totalmente desaconselhável falar de relacionamentos passados, Cortoni afirma que você deve apenas revelar o que é pertinente ao molde da entrevista, sem se prolongar em assuntos que pouco interessam.
Sinais de risco

  • Rafael se impressiona ao ouvir sua parceira falar mal do ex-namorado.
  • Patrícia deixou o antigo emprego por causa do chefe, mas evita dizer algo negativo sobre ele.

Em ambos os casos, é melhor não maldizer relações passadas. Já se você foi demitido por causa de mau relacionamento com os superiores, é melhor ser ético e arcar com as conseqüências dizendo a verdade, acredita o consultor.
Conhecendo os familiares

  • Rafael está empolgado para apresentar sua nova namorada à família.
  • O entrevistador leva Patrícia para um tour na empresa e a apresenta para seus colegas em potencial.

Conhecer outras pessoas é a próxima etapa de qualquer relação. Lembre-se de não subestimar a opinião de terceiros sobre você.
A competição

  • Rafael compara sua nova companheira a outras mulheres que já conhece.
  • Patrícia é avisada de que existem outros cinco candidatos para a mesma vaga e começa a entrar em pânico, imaginando que as outras pessoas são mais qualificadas do que ela.

É um erro sofrer por se comparar aos outros. Acredite em suas qualidade e potenciais, pois você é único. E não queira saber mais detalhes sobre os outros candidatos. “Você deve focar no seu desempenho e não no dos demais”, afirma Cortoni.
A espera

  • Rafael avisa sua parceira de que irá ligar para marcarem um próximo encontro.
  • O entrevistador diz a Patrícia que a decisão sobre a contratação será feita em uma semana.

O momento da espera é talvez o mais difícil de se enfrentar em todo o processo. Todavia, não fique parado esperando a ligação e continue a procurar outras oportunidades. “É melhor ter a angústia da escolha do que a de ser ou não escolhido”.
O comprometimento

  • Rafael está empenhado em dar continuidade ao relacionamento. Só o tempo dirá se seus planos se concretizarão ou não.
  • Patrícia espera ansiosamente e após duas semanas finalmente é requisitada para a vaga e aceita.

Assim como um primeiro encontro pode não acabar em namoro, uma entrevista de emprego nem sempre resulta na contratação. Às vezes, simplesmente não dá certo, por qualquer razão. Quando isso acontecer, olhe para frente. Sempre haverá outros encontros e entrevistas por vir.

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