Carreiras | Empregos

por Camila Micheletti
As secretárias possuem um leque muito grande de percepção. Elas podem usar todo o conhecimento e contatos que possuem na empresa para ir além, rompendo com o conceito tradicional de que a secretária é uma extensão do chefe. Esta foi a principal mensagem deixada por um dos maiores especialistas em empreendedorismo no Brasil, Fernando Dolabela, no segundo e último dia do 7º Fórum Internacional Senac de Secretárias. Ele é o criador de programas de ensino do empreendedorismo do Brasil na educação básica e universitária, professor e autor de vários livros.
“Já que ela não tem a carga de ter que tomar as decisões que competem ao executivo, pode usar esse distanciamento crítico para pensar o que pode fazer a mais pela empresa”, completou ele.
Como começar?

  • Perceber que ela é uma entidade diferente do chefe
  • Usar o seu potencial para inovar
  • Aprimorar-se e buscar uma formação diferente. É fundamental conhecer as estratégias empresariais e entender muito bem do business da empresa

“As secretárias podem ser empreendedoras mesmo dentro da empresa. Mas para isso precisam criar seu espaço”, garantiu o consultor.
O conceito de empreendedorismo utilizado por Dolabela afirma que o empreendedor deve ser visto como alguém que oferece valor positivo para a sociedade. “O empreendedorismo não deve ser encarado apenas como forma de enriquecimento pessoal. Ele deve ser direcionado para o desenvolvimento social, fazer com que as pessoas sejam incluídas e o País tenha mais condições de viver”.
Mas muitos não desenvolvem o potencial empreendedor – que todas as pessoas possuem, é bom lembrar – por causa dos obstáculos relacionados à atividade. Confira as principais dificuldades a seguir:

  • Valor negativo do trabalho
  • Estigma do fracasso – Para o empreendedor, o fracasso é um resultado como outro qualquer.
  • Sonho pouco vinculado ao trabalho
  • Busca da estabilidade
  • Aversão ao risco – Ninguém gosta do risco, nem o empreendedor. A diferença é que ele sabe que não existe vida sem risco.
  • Cultura da dependência
  • Imagem negativa do empresário
  • Síndrome do empregado – Esse é o problema do profissional que só sabe se comunicar com o mercado através do currículo. Ele só usa este canal – que pode não estar tão atualizado quanto antes. Se alguém não arruma trabalho para ele, ele não faz nada, não sabe agir sem chefe.

“As empresas querem alguém que dê resultados. Neste contexto, a capacidade empreendedora vai ser cada vez mais valorizada e bem remunerada”, concluiu Fernando Dolabela.

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