Por Rômulo Martins
Atividades em crescimento no século 21 nas áreas da sustentabilidade, biodiversidade, tecnologias espaciais, energia nuclear, dentre outras, são o alvo de “Colóquio – Formações do Futuro” que acontece dia 2 de outubro na abertura da Semana Franco-Brasileira do Ensino Superior, na Bienal do Ibirapuera em São Paulo.
Ano da França no Brasil, a temática abordada por representantes de universidades e empresas dos dois países traduz a relevância das “profissões do futuro” no contexto socioambiental e reforça a importância da formação e do investimento em pesquisas e tecnologias nos campos estratégicos mais visados da contemporaneidade.
Para os acadêmicos e pesquisadores brasileiros interessados em estudar na França, o Salão “CampusFrance” é a oportunidade para conhecer as universidades francesas, obter informações sobre programas de intercâmbio, duplos-diplomas, cotutelas de teses e sobre dispositivos de bolsas de estudo. A visitação pode ser feita nos dias 3 e 4.
O evento se entende a Belo Horizonte e Rio de Janeiro nos dias 6 e 8 respectivamente com ateliês temáticos. Na capital mineira o eixo central é Biotecnologia; no Rio o enfoque será Energias e Saúde. A atividade é aberta às instituições de ensino, agências de fomento à pesquisa e instâncias governamentais ligadas ao ensino superior, à pesquisa e à cooperação internacional.
As parcerias entre Brasil e França cada vez mais intensificam as relações entre os dois países. Especificamente no ensino superior, vêm vigorar o panorama socioeconômico, político e cultural, no qual a vivência e a formação internacionais são consideradas diferencial competitivo. Sob o ponto de vista sustentável, o evento encara o investimento em pesquisa como requisito fundamental neste momento já que as atividades em expansão são o foco estratégico das universidades e organizações.
“De um lado, as universidades adaptam as suas formações [cursos] à nova realidade, com base nas necessidades sociais, ambientais, econômicas e internacionais. Na outra ponta, as empresas participam no sentido de realizar parcerias com as universidades para receber os estudantes, que podem colaborar com a sua formação no ambiente empresarial […]”, afirma Carla Ferro, organizadora da Semana Franco-Brasileira.
Firmada oficialmente em outubro de 2005, ocasião em que foi inaugurado o Colégio Doutoral Franco-Brasileiro, a cooperação aumentou em 78% o número de brasileiros na França. Na 2ª edição da semana, participam mais de 100 universidades brasileiras e francesas. Por meio do diálogo entre instituições de ensino e empresas a intenção é identificar algumas das formações com forte potencial em termos de inovação em setores de atividades estratégicos e promissores para os próximos dez anos.
“A cooperação universitária entre França e Brasil visa atender às necessidades da sociedade mundial. A parceria se baseia nos desafios do futuro próximo do homem como ser social, não exatamente do mercado. O que ocorre é que as empresas estão se aproximando cada vez mais de uma postura mais ética, com a questão da sustentabilidade, assuntos que são parte dos setores estratégicos que serão debatidos no evento. As organizações entram nisso como atores importantes dessa mudança”, analisa Carla.
Programação¹ | Evento | Local | Data |
São Paulo | Colóquio – Formações do Futuro; Salão CampusFrance | Bienal do Ibirapuera | 2; 3 e 4/10 |
Belo Horizonte | Ateliê temático: Biotecnologia² | ExpoMinas | 6/10 |
Rio de Janeiro | Ateliê temático: Energias e Saúde² | Academia Brasileira de Ciências | 8/10 |
¹Para se inscrever ou saber se a sua universidade é participante acesse:
www.estudarnafranca.com.br/instituicoesparticipantes. Se a sua instituição não estiver cadastrada envie e-mail para: vincent.brignol@campusfrance.org
²Não é necessário se inscrever. Atividade gratuita.
Quer estudar na França? Saiba mais!
(figura_graduandos) Graduandos
- É necessário ter estudado dois anos no Brasil;
- Fica um período na França e retorna ao Brasil para concluir os estudos e obter duplo-diploma.
Pós-graduandos
- Para a obtenção da dupla-diplomação, o estudante / pesquisador deve se inscrever nas universidades brasileira e francesa;
- Pode concluir os estudos na França ou no Brasil.
(figura_francês) Como está seu francês?
O estudante de graduação ou pós-graduação precisa ter, no mínimo, conhecimento intermediário da língua francesa.
Há testes oficiais de francês, como o TCF (Teste de Conhecimento do Francês), por meio dos quais os alunos recebem os diplomas Delf e Dalf (Diploma de Estudos de Língua Francesa e Diploma Aprofundado de Língua Francesa). Em geral, quando há convênios entre as universidades, são oferecidos cursos preparatórios para esses exames.
Conhecimentos em outras línguas são desejáveis, já que a França tem parceria com outros países da Europa o que pode oportunizar intercâmbios de curta duração em nações européias durante o estudo.
(figura_ planeja-se) Planeja-se!
- Trace um projeto de estudo atrelando-o a sua carreira profissional;
- A escolha do curso, universidade e país também deve ser feita com base em sua área de atuação;
- Pesquise quais são as universidades de excelência que oferecem o curso almejado, se há parcerias com instituições brasileiras e bolsas de estudos;
- Informe-se sobre as condições de moradia, custo de vida e se haverá ou não possibilidade de conciliar estudo e trabalho (caso pretenda trabalhar no exterior durante o intercâmbio).
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