Carreiras | Empregos

por Camila Micheletti
Vany Laubé é jornalista. Trabalha diariamente com Internet e em fevereiro resolveu fazer o curso IPGN – Iniciando seu pequeno grande negócio, promovido pelo Sebrae. O curso está sendo muito interessante, mas Vany acha que seu aproveitamento poderia ser melhor. “É complicado estar em dia com o curso, não tenho tempo. Ainda posso correr e tentar chegar lá, mas sei que estou perdendo especialmente os chats e as trocas de e-mail’s, porque estou defasada em relação ao grupo”.
Vany certamente não é a única a enfrentar problemas de adaptação com um curso online, aquele que se faz via Internet, de onde quer que você esteja. Muitos reclamam do tempo, outros da necessidade da banda larga (Internet em alta velocidade), mas, no fim das contas, a relação custo X benefício acaba sendo muito vantajosa. “A melhor coisa é não ter que pegar o carro e ficar horas parada num congestionamento em São Paulo – e, claro, poder fazer o curso de madrugada ou numa tarde em que meu filho foi para uma festa de aniversário. Ter o poder de escolher quando quero fazer o curso é fantástico!”, avalia a jornalista.
E você, será que tem o perfil para ser um bom aluno online? Especialistas afirmam que o aluno que decidir fazer um curso on-line deve ter uma postura pró-ativa, ser empreendedor, autodidata e, acima de tudo, muito responsável. Para Flávio Balestrin, diretor de Relações Humanas da Microsiga, “a educação à distância requer que o aprendiz tome a iniciativa de planejar e organizar a sua aprendizagem de forma muito clara e objetiva. Além disso, é necessário estabelecer um ritmo regular de estudos, isto porque pressupõe-se a idéia de um estudo continuado”. Ou seja, é preciso se dedicar, fazer um planejamento eficaz do tempo e não deixar de cumprir as tarefas. Ou, como diz Vany, “Se você se propõe a fazer um curso online, reserve um tempo durante o dia para as aulas. É como escovar os dentes, tem que fazer!”
Lembre-se de que você vai trabalhar e produzir o tempo todo, a partir, principalmente, de suas próprias iniciativas. Portanto, o aluno que quer ter um resultado satisfatório no curso deve:

  • Ter conexão e equipamentos adequados e compatíveis com o conteúdo que vai ser disponibilizado (vídeo, texto, animação, etc.);
  • Saber utilizar os recursos básicos da Internet (e-mail e navegador);
  • Buscar informações adicionais. Isso implica ter motivação para fazer o curso (interesse no conteúdo em questão);
  • Estar aberto às mudanças;
  • Ter disciplina para não deixar o ritmo de estudo diminuir durante o curso;
  • Distribuir o seu tempo, a fim de reservar um horário razoável para os estudos;
  • Ler, estudar, refletir, esquematizar, resumir, concluir, rever e tudo o mais que se insere no processo do aprender;
  • Buscar o professor ou tutor, sempre que tiver necessidade de esclarecer dúvidas;
  • Procurar ampliar sua rede de contatos. Converse com os colegas de turma, compareça aos encontros presenciais, enfim, use o curso como mais uma ferramenta para ampliar o networking.

Por outro lado, há quem seja mais realista e menos entusiasta em relação à nova tecnologia. É o caso de Dieter Kielber, diretor do IADI – Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual. “É preciso ficar claro que nenhuma máquina vai substituir o treinamento presencial. O e-Learning é bom pela questão de preço e para atingir locais distantes. Mas o curso virtual nunca permitirá a interação que o presencial oferece “, argumenta ele.
Além disso, ele afirma que outro problema que pode ser ressaltado na Internet é a dificuldade de comunicação. “A maioria das pessoas não sabe se comunicar e na Web, sem olhar nos olhos ou sentir o tom de voz, a interpretação fica ainda mais difícil, pois leva a muitas dúvidas”.
Empresas optam pelo e-Learning e popularizam o acesso à informação
“O e-Leaning é a ferramenta ideal para cursos cujos conteúdos são técnico-operacionais. Os treinamentos de assuntos e objetivos ligados a comportamentos e atitudes devem ser ministrados por meio de cursos presenciais”, afirma Flávio Balestrin, da Microsiga, empresa de TI que já utiliza o sistema de treinamento virtual há pelo menos três anos, quando foi implantada a Universidade Corporativa. De acordo com ele, as vantagens da ferramenta de e-Learning são:

  • Democratização da informação;
  • Informação disponível 24 horas por dia em 7 dias por semana;
  • Independência geográfica;
  • Redução de custos;
  • Constante atualização da informação;
  • Recursos multimídia como facilitadores da aprendizagem.

Em 2003, a Microsiga investiu cerca de R$ 400 mil em e-Learning para capacitar seus participantes. Já em treinamentos gerais, desenvolvimento e capacitação de seus colaboradores foram investidos R$ 750 mil.
Segundo informações do portal E-learning Brasil,em todo o mundo o mercado de e-Learning deverá crescer de US$ 6,6 bilhões em 2002 para US$ 23,7 bilhões em 2006, segundo previsões do Grupo IDC. Essa modalidade de ensino movimentou, no Brasil, cerca de R$ 80 milhões no ano passado, representando uma evolução de 60% em relação a 2002.
Muitas empresas já perceberam o potencial da Internet e da Intranet para o treinamento dos seus funcionários e utilizam a tecnologia no dia-a-dia, em muitos casos em todos os níveis da organização. “Todo tipo de empresa pode adotar o e-Learning, mas o ROI – Retorno Sobre o Investimento – é maior em empresas de médio e grande porte, com filiais espalhadas pelo Brasil”, garante Maurício Barzilai, diretor de podução da EduWeb, especializada em oferecer soluções de treinamento virtual para organizações.
Para quem se interessou em fazer um curso online, uma boa opção é a UVE – Universidade Virtual Empregos. São mais de 80 cursos, de todas as áreas de atuação e níveis hierárquicos. Acesse o site, veja as opções disponíveis e seja mais um adepto desta tecnologia, que se torna cada vez mais a tendência do ensino para o futuro.

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