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Quem já passou por isso sabe. A pessoa que recebe uma proposta para trabalhar em outra cidade vive dois momentos distintos. O primeiro é de felicidade, pois, em geral, esses convites representam uma promoção, o que significa maior
salário e um avanço na carreira. O segundo momento é de preocupação, com perguntas do tipo “será que a família vai gostar da notícia?” ou “será que elas vão adaptar-se a outra escola? Terão facilidade para fazer novos amigos?” A maioria dessas questões só será respondida se o convite para trocar de cidade for aceito.
Outras dúvidas, no entanto, podem ser esclarecidas com a ajuda de quem já passou por isso. Segundo pesquisa do Vox Populi, 20% dos brasileiros têm vontade de mudar de cidade, apesar dos eventuais percausos.”Mudar de cidade é uma experiência sempre positiva. Eu e minha família não nos arrependemos”, conta Westerman Geraldes, que saiu de Goiânia, morou no Recife, e hoje está em São Paulo, junto com a esposa e os dois filhos.
O contador Manoel Marques, de São Paulo, recebeu uma proposta de se mudar para Fortaleza. Para evitar que a mulher e os filhos fossem envolvidos numa aventura, ele passou quinze dias sozinho na capital do Ceará. Foi conhecer o local em que iria trabalhar, assim como os futuros colegas. Buscou referências de escola para as crianças e visitou alguns bairros para decidir onde morar. Só então disse sim. “Meu maior medo era colocar em risco a felicidade da minha família”.
Por mais planejada que seja a mudança, imprevistos acontecem sempre e às vezes são muito mais triviais do que se imagina. Há quatro anos, o administrador de empresas Celso Schvartzer, sua mulher e os quatro filhos trocaram o Rio de Janeiro por Porto Alegre. Todos sabiam que teriam de enfrentar o frio gaúcho, mas não esperavam uma temperatura de zero grau logo no primeiro mês. “Nos mudamos no auge do inverno, e as crianças sofreram muito”, diz ele. “Elas iam à escola à tarde e, em Porto Alegre, as aulas eram pela manhã. “Meus filhos pequenos não se acostumavam a sair tão cedo de casa e com tanta roupa.”
Apesar dessa dificuldade inicial, a adaptação da família foi tão boa que, quando surgiu a proposta para voltar ao Rio, Celso Schvartzer encontrou resistência. “É incrível, mas me senti frustrado tendo de voltar ao Rio”, confessa.
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