Apenas dois erros de digitação no currículo são suficientes para te desclassificar em um processo seletivo. É o que revela uma pesquisa realizada pela Robert Half, empresa de recrutamento especializado nos Estados Unidos. Dos gerentes seniores entrevistados, 46% afirmaram que não contratam um profissional que comete esse deslize.
Erros de português são fatais para o processo seletivo. A primeira impressão que o recrutador tem é aquela que você manifesta no currículo. Quem mostra não ter domínio do próprio idioma perde pontos.
O currículo é um documento e deve ser escrito corretamente. Quem não se atenta ao seu conteúdo pode passar a ideia de desleixo e comodidade para o recrutador.
Abaixo, você confere os 9 principais erros de português cometidos nos currículos, e qual é a forma correta de escrever nesse documento tão importante para a sua colocação no mercado de trabalho:
Currículo é a versão portuguesa da expressão latina curriculum vitae, que significa “trajetória de vida”. As duas formas estão corretas, porém, o que não pode é misturar a palavra em português “currículo” com complemento em latim “vitae”.
“Mas” tem o mesmo sentido de “porém”, já que é uma conjunção adversativa e serve para mostrar oposição. “Mais” tem relação com quantidade, pois se trata de um advérbio de intensidade. “Aprendi mais”, “quero mais”, são expressões corretas para essa palavra.
Quando você transforma em substantivo qualquer verbo terminado em -andir, -ender, -verter ou -pelir, deve usar a letra “s”. Por exemplo: expandir=expansão; compreender=compreensão; inverter=inversão; e expelir=expulsão.
As palavras devem concordar quanto ao singular ou plural. Palavras em singular significam um só elemento. O plural engloba vários elementos. Você pode escrever “experiência profissional” (ambas as palavras em singular) ou “experiências profissionais” (ambas no plural).
Quando se refere a tempo, o “a” sozinho só pode ser usado para falar do futuro. Exemplo: “começarei no novo cargo daqui a três dias”. Para tratar do passado, deve-se usar “há”. Lembre-se: se você já está usando a palavra “há”, não precisa acrescentar a palavra atrás. Exemplos: “comecei no novo cargo há três dias”/ “comecei no novo cargo três dias atrás”.
Nesse caso, “onde” significa lugar. Quando você deseja revelar a posição de algo ou alguém deve usar o “onde”. Já a palavra “aonde” é um indicativo de movimento que pode ser substituído por “a que lugar”. Exemplo: “aonde você vai?”
A expressão “em nível de” tem o mesmo sentido que âmbito, plano ou campo. Quando você diz “a nível de”, está se referindo à altura. Exemplo: “a nível do mar”.
Ao escrever o adjetivo “afim”, você está se referindo a algo semelhante, parecido. Exemplo: “suas ideias são afins”. Quando você quer dizer que tem a finalidade ou objetivo de algo, use a expressão “a fim”.
Muita gente erra a conjugação desse verbo. Isso porquê o verbo “fazer” é impessoal e deve ser usado no singular. Ele só muda quando estiver junto com o sujeito, exemplo: “eles fizeram um bom trabalho naquela área”.
O mesmo vale para o verbo “haver” quando está em sentido de “existir”. Exemplo: “houve dois problemas naquele departamento”, ao contrário de “houveram”, como costuma-se confundir.
OUTRAS DICAS!
• Para saber onde colocar as vírgulas, basta ler o seu texto. Quando você sentir que deve fazer uma pausa no parágrafo, acrescente a vírgula. Nunca separe o sujeito do verbo. Exemplo: “os resultados, foram positivos”.
• Fique atento quanto à digitação. Em alguns casos, o candidato digita muito rápido e acaba trocando letras de uma palavra. Revise o currículo antes de enviá-lo.
• Não ignore acentos ou o uso do “ç”. Palavras não acentuadas e escritas com “c” substituindo o “ç” dão a ideia de que você não se deu ao trabalho de digitar da forma correta, e essa comodidade não é bem-vista pelos recrutadores.
Agora que você sabe os principais erros de português do currículo, faça o teste abaixo e descubra se você está craque no assunto!
E aí, mandou bem no teste? Conta para a gente nos comentários! 🙂
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