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por Izabel Failde
“Durante uma dinâmica de grupo, perguntei sobre o salário do cargo, que não estava claro para mim. Fui preterido no processo. Será que foi pela minha pergunta?”
“Cheguei atrasado pois me perdi no trajeto até a empresa que havia me chamado para uma entrevista. Fui rejeitado. É possível que um atraso involuntário possa ter me retirado da seleção?”
“Discuti fortemente com outro candidato que participava comigo de uma dinâmica de grupo. Percebi, na hora, que estava fora.”
Se você já teve dúvidas sobre os motivos pelos quais foi excluído de um processo seletivo, este texto é para você.
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A mídia, principalmente impressa, freqüentemente publica dicas sobre como se comportar em processos seletivos, seja durante a entrevista, a dinâmica de grupo ou – pasme !!! – dizendo o que desenhar em determinado teste psicológico.
E por que será que as empresas estão utilizando mais e mais instrumentos durante a Seleção? Será que é para ver a resistência do candidato ou há outro motivo?
Qualquer contratação traz enorme investimento para as empresas. Se o profissional deixar a organização pouco tempo depois de contratado, certamente o investimento passa a ser custo.
O ser humano é extremamente complexo. Dê uma olhadinha para dentro de você e verá o que quero dizer… O uso de diferentes instrumentos nos processos seletivos traz maior segurança às empresas quando precisam contratar profissionais. Devido à complexidade já citada do ser humano, quanto melhor observado for o candidato, maior segurança na seleção a empresa terá e conseqüente certeza do seu investimento ao contratá-lo. Os candidatos também deveriam aproveitar este tempo para avaliar se aquela empresa merece seu trabalho.
Um processo seletivo é composto por diversos instrumentos: entrevistas, dinâmicas de grupo, testes psicológicos, testes práticos. As informações colhidas são complementares, ou seja, cada atividade revela um tipo de característica.
Por exemplo: a entrevista individual permite que o candidato detalhe projetos, conquistas, interesses pessoais e profissionais. Isto não ocorre em uma dinâmica de grupo. Nesta, os itens “relacionamento interpessoal”, “liderança”, “cooperação x competição” são melhor observados.
Os testes de personalidade, por sua vez, mostram traços como ambição, energia, equilíbrio emocional, nem sempre observados na entrevista ou nas dinâmicas de grupo. Por último o teste prático, que verifica se o profissional reúne as competências e conhecimentos técnicos necessários para o desempenho da função em questão, itens que os outros instrumentos podem demonstrar parcialmente.
Os resultados de um processo seletivo, portanto, são decorrentes de um conjunto de informações e observações e não apenas de uma ou outra característica. Para melhor entendimento didático, podemos resumir o processo seletivo na “equação”: candidato certo + cargo certo + chefia certa + empresa certa. Se apenas uma destas partes não existir, toda seleção está comprometida.
Mesmo assim, é possível que apenas um comportamento do candidato possa excluí-lo do processo? A resposta é SIM, é possível. Você contrataria para sua empresa:

  • Profissionais que se atacassem pessoalmente durante uma dinâmica de grupo, desrespeitando-se mutuamente?
  • Uma candidata que seduzisse claramente o entrevistador?
  • Um candidato que “colasse” na aplicação coletiva de um testes de personalidade?

Tenha em mente que o melhor que você tem a mostrar é VOCÊ MESMO. Busque o autoconhecimento e o autodesenvolvimento. A segurança e a assertividade virão e tudo ficará mais fácil.
Agora, se você comprou na banca de jornais aquele “livrinho” ensinando as respostas dos testes de personalidade, esqueça: é uma furada!!!
*Izabel Failde é psicóloga, consultora em RH e Especialista em Dinâmicas de Grupo do Empregos.com.br. Atua há mais de 16 anos atua em empresas dos mais diversos segmentos. É pós-graduada em Psicologia Organizacional e pós-graduanda em Dinâmicas Corporais.

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