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Em um mundo em que a imagem é parte integrante em todos os setores, é necessário unir esse material com pessoas que saibam valorizá-los. Imprimir uma marca seja em camisetas, estandes, supermercados e em materiais gráficos em geral pode valorizar um produto e trazer mais visibilidade do produto para os clientes.
Esse foi o sonho idealizado por Lourival Mariano Filho, diretor da Petink Serigráfica, que iniciou seu empreendimento no fundo de casa e hoje fatura cerca de R$ 4 mi anuais com grandes clientes e marcas. Ao longo dos 20 anos de companhia, o empresário conta como profissionalizou seus funcionários, investiu em novas tecnologias e inovou com técnicas que fizeram seu negócio alavancar no mercado serigráfico.
Em entrevista ao Empregos.com.br , Lourival conta como geriu sua empresa, tornando-a excelência em atendimento e em qualidade de serviços, merecedora de diversos prêmios.
Boa leitura!
Empregos.com.br – Você iniciou sua carreira muito cedo. Explique como foi esse início?
Lourival Mariano Filho – Comecei aos 14 anos trabalhando como mensageiro e também estudando desenho mecânico. Depois fui promovido para escriturário e desenhista. Trabalhei em mais três empresas como desenhista mecânico até montar a Petink.
Empregos.com.br – Como surgiu a Petink? Quais foram as primeiras produções?
Mariano Filho – Foi voltando do trabalho, dentro de um ônibus, que meu irmão Arnaldo (hoje sócio da Petink) encontrou um amigo e recebeu um convite para começar a imprimir camisetas e adesivos em casa. “Vamos ficar ricos” – disse ele. “Já trabalho com isso e lá onde trabalho temos muito serviço. Você faz as compras dos equipamentos e materiais, e eu entro com a experiência e mão-de-obra e convidamos seu irmão para fazer os desenhos” (neste caso eu, que trabalhava como desenhista mecânico na SID Informática). Então em julho de 1989 estava nascendo mais uma empresa de garagem.
Eu vendia as camisetas no trabalho e na faculdade e, como tinha duas horas de almoço, aproveitava para vender adesivos em lojas de som e centros automotivos. Após cinco meses, em uma das vendas efetuadas, o cliente disse que só pagaria com a apresentação de Nota Fiscal. Então, forçados pelos acontecimentos, abrimos legalmente a Petink Serigráfica em Janeiro de 1990. Também no início de 1990, pedi demissão na SID e parei a faculdade no 3º ano de Engenharia. Comecei a dedicar todo o meu tempo e energia para a empresa e durante sete anos a idéia de “vamos ficar ricos” se tornou ilusão e, ao contrário do que havia sonhado, o mundo parecia desabar em minhas costas. Trabalhava de dia, de noite e nada de dinheiro. Depois de tudo isso, comecei a pensar que, se havia culpado, não era o Governo, o Mercado, etc…, e sim eu, pois havia pessoas que trabalhavam com o mesmo produto e tinham sucesso, então eu também iria ter. Em novembro de 1997 procurei o Sebrae e comecei a me profissionalizar e reciclar minhas idéias.
Empregos.com.br – Você precisou fazer algum curso de especialização para trabalhar com esse tipo de negócio?
Mariano Filho – Fiz vários. Comecei focando melhor as vendas e fiz o treinamento Licitações – Como Participar , Técnicas de Negociações (onde conheci um fornecedor que trabalhamos em parceria até hoje) e Vendas da Empresa – Como Planejar, Organizar e Avaliar . Por outro lado, meu sócio focou custos e administração e encontrou isto fazendo os treinamentos: Como Definir o Preço de Venda na Industria e Fluxo de Caixa . Fui me tornando mais maduro e seguro do que estava fazendo, porém, foi em outubro de 1998 que eu e meu sócio participamos do “Empretec” , onde classifico como divisor de águas na vida de um empreendedor.
Empregos.com.br – A serigrafia muitas vezes é aprendida no fundo de casa. Que estratégia você utilizou para alavancar sua empresa?
Mariano Filho – Mudando alguns comportamentos (não é fácil), porém percebi que era hora, precisava realmente profissionalizar a empresa, torna-la competitiva, conhecida e respeitada. Começamos expondo todas as idéias e metas para nossos funcionários em reuniões mensais. Premiações para o funcionário do mês e uma idéia que gerou, e ainda gera, muitos resultados positivos: 1% do valor total das vendas é destinado para que os funcionários decidam o que fazer com este dinheiro, proporcionando bem estar e motivação dentro do trabalho.
Nestes anos eles reformaram o refeitório, compraram geladeira, micro-ondas, mesas e cadeiras, uniformes, bolo e refrigerante para os aniversariantes, entregamos cestas básicas em casa, aula de computação (Windows, Internet e CorelDraw, dentro da própria empresa), fundo de caixa para compra de remédios e alugamos uma chácara onde reunimos os funcionários e seus familiares para uma confraternização. Visitei duas feiras internacionais, sendo uma na Espanha e outra na China e também fiz um treinamento de serigrafia na Sefar (Suíça) e meu sócio (irmão) na Saati, Itália.
Empregos.com.br – Inicialmente vocês trabalhavam com encomendas pequenas, quando houve a necessidade de empreender e focar no mercado de PDV, Comunicação Visual, banners e displays?
Mariano Filho – Trabalhamos alguns anos com encomendas pequenas e sem foco. Vendíamos de tudo: chaveiros, botons, adesivos, camisetas etc. Após focarmos um nicho deste grande mercado, ficamos mais competitivos e especializados, gerando qualidade e conhecimento aprimorado. Também é um diferencial dos concorrentes, pois agora, alem da serigrafia, temos marcenaria, serralheria, corte especial e dobra de plásticos e acrílicos.
Empregos.com.br – A empresa vai fazer 20 anos. Trace um panorama do seu negócio ao longo desse período.
Mariano Filho – Foram 20 anos maravilhosos de aprendizado, persistência e sucesso! São poucas empresas de garagem que, em 20 anos, estão instaladas em um espaço de 8000 m2 por mês e faturamento acima dos R$ 4.000.000,00 anuais.
Empregos.com.br – Na sua visão, como está o mercado de serigrafia atualmente? O que o mercado exige para esse profissional?
Mariano Filho – O mercado de serigrafia é enorme, tanto no setor promocional quanto no industrial. O mercado exige conhecimento técnico, flexibilidade e preço.
Empregos.com.br – Quais os próximos passos da Petink em relação a investimentos, inovações e novos projetos?
Mariano Filho – Iremos investir em uma máquina de impressão digital, montaremos nos próximos 6 meses um setor de vacuum forming (termoformagem) e estamos investindo toda nossa energia e afeto no novo departamento de vendas, com profissionais do mais alto gabarito.

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