Carreiras | Empregos

Thiago Foresti, redação
Uma das dificuldades mais comuns para quem está desempregado é enfrentar o tédio, também conhecido como fastio, aborrecimento, enfado. Isso afeta particularmente aquelas pessoas que trocaram o ritmo de trabalho dinâmico e intenso de um escritório pela sala de estar vazia de sua própria residência. Muitas pessoas não conseguem lidar com o tédio de forma sadia e entram num misto de ansiedade, frustração e falta de estímulo.
Trocar o tédio pelo chamado “ócio criativo” é fundamental para quem pretende ter sucesso profissional. Estar desempregado na maioria dos casos é algo passageiro. Então porque não aproveitar esse período para desenvolver sua criatividade?
Ler, navegar na internet, desenhar, fazer um curso de culinária, ou mesmo passear no fim de tarde no centro. Segundo o famoso cientista do trabalho italiano Domenico de Masi, pessoa que cunhou a expressão “ócio criativo”, o ser humano deve aprender a viver numa estrutura equilibrada de trabalho, estudo e lazer. Ele acreditava que se as empresas investissem em mais tempo livre para seus funcionários o processo de produção acabaria por ser mais eficiente.
De fato isso tem se tornado tendência em várias empresas. Já são célebres as imagens na internet de grandes corporações como Google ou Facebook que colocam até mesas de ping-pong para seus funcionários ou salinhas de descanso e meditação. Claro que isso ainda é uma tendência um tanto distante da maioria das vagas de emprego, mas acredite: tendência é tendência.
O filósofo italiano citou numa entrevista a Revista Época: “Para ser úteis às suas empresas, os empresários deveriam abandonar sua aversão ao ócio. Mas, como dizia Joseph Conrad: ‘Como faço para convencer a minha mulher de que, quando olho pela janela, estou trabalhando?’”
Experimente passar algum tempo apreciando a vista da sua janela, cuidando dos seus pensamentos e refletindo sobre coisas simples da vida. Os físicos quânticos chama isso de flow, ou simplesmente fluxo, em português. É aquele momento em que você abaixa a freqüência cerebral e se perde nas horas sem ver o dia passar. Talvez esteja aí a grande diferença entre o ócio criativo e o tédio. Enquanto que no primeiro você nem percebe, no segundo a hora teima em não passar.

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