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“Enquanto os benefícios do trabalho árduo são claros, não é tão claro que trabalhar muito é a mesma coisa que trabalhar melhor.” Esta declaração, de Juan Somavia, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, órgão ligado à ONU (Organizações das Nações Unidas) retrata o sentimento de que nem sempre quem trabalha por maior número de horas produz um serviço melhor.
Apesar de parecer lógico que quantidade não significa qualidade, muitos workaholics não conseguem perceber a diferença. Isso porque nem sempre eles conseguem identificar seu próprio vício. E quando enxergam, não conseguem – ou não desejam – encontrar uma saída.
Afinal, a linha que divide a dedicação do excesso é muito tênue. É o caso da web writer Patrícia Paixão, que cumpre uma carga horária de, no mínimo, 55 horas por semana: “Gostaria de não ser tão perfeccionista e obcecada por trabalho, pois perco muito tempo me estressando com isso”, admite. No entanto, ela não pensa em diminuir o ritmo. “Ainda preciso exercitar muito para deixar de trabalhar tanto”, brinca.
“Algumas pessoas têm problemas de auto-estima. Elas querem deixar as coisas tão perfeitas que não aceitam menos”, explica a psicóloga Adriana Fellipelli, sócia da empresa de outplacement Right Saad Fellipelli. O erro faz parte do dia-a-dia e quando consegue-se perceber isso, fica mais fácil para o workaholic lidar com a situação. O importante, segundo Adriana, é reconhecer o limite e saber priorizar: “Se o negócio crescer, é preciso também delegar tarefas aos outros.”
Para a empresa, um workaholic pode até trazer benefícios a curto prazo, mas pode apresentar um lado negativo. Aos olhos da empresa, uma pessoa que normalmente permanece depois do horário pode significar um profissional de baixa produtividade. Afinal, se os outros conseguem resolver suas pendências no horário normal, por que apenas um não consegue?

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