Carreiras | Empregos

por Camila Micheletti
Que está muito difícil achar um emprego, todo mundo já sabe. O que ninguém imaginava é que o tempo para que isso aconteça está aumentando. Segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego, revelados na semana passada pelo IBGE, o tempo médio de procura de trabalho em março deste ano foi superior ao verificado em março de 2001. De 18,6 semanas, o tempo subiu para 20,5 semanas.
São cerca de cinco meses enviando currículos e fazendo entrevistas. Para agilizar e baratear o processo de busca de vagas, uma boa alternativa são os sites de emprego da Internet. No Empregos.com.br, por exemplo, você usa o plano associado por seis meses, tempo praticamente igual ao das estatísticas do IBGE. Segundo dados do site, em apenas três meses 65% dos associados passam por entrevistas e cerca de 18% conseguem a tão sonhada recolocação.
No mesmo ritmo em que aumenta o tempo de desemprego, aumenta o pessimismo da população. Em março, uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) conduzida pelo Ibope junto a 2.000 pessoas revelou que 68% acreditam que o desemprego vai aumentar nos próximos seis meses. Apenas 14% esperam redução no desemprego e 19% afirmaram não esperar mudanças.
Na mesma pesquisa, 39% dos entrevistados responderam ter muito medo de perder o emprego neste ano. Já 25% disseram ter um pouco de medo e 27% revelaram que não têm medo do desemprego. Destas pessoas, 8% já estavam desempregadas.
Mas nem tudo está perdido. De acordo com Priscila Mendes, consultora da Deloitte Touche Tohmatsu, o profissional pode usar este tempo livre de forma proativa, para que o tempo de recolocação seja mais curto. Confira as dicas da consultora:

  • Antes de mais nada, estabeleça metas diante das coisas que você pretende fazer e dê graus de prioridade e prazos para cada uma delas
  • Identifique os segmentos do mercado que estão em crescimento. A sua área de atuação está entre eles? Em caso negativo, analise a possibilidade de mudar de área
  • Atualize seu currículo – vários sites da Internet oferecem modelos gratuitos. O Guia do Currículo, do Empregos.com.br, é uma opção
  • Decidido o ramo em que deseja atuar, envie o maior número de currículos possível, lembrando sempre de checar se estrá mandando para a área certa e para a pessoa certa
  • Use e abuse do networking – faça muitos contatos e espalhe a notícia de que está no mercado para amigos, parentes e antigos contatos profissionais – seu ex-chefe, colegas da faculdade, amigos que não vê mais – às vezes, o “QI” vem de quem você menos espera
  • Participe de eventos da sua área – eles também podem ser uma ótima fonte de contatos – para aprender coisas novas e atualizar seu currículo
  • Esteja atento a tudo e absorva o maior número de informações da mídia – estar bem informado é essencial na hora da entrevista
  • Identifique empresas de headhunting e consultorias que fazem recrutamento e seleção, como a Deloitte. Geralmente eles não cobram de profissionais, apenas das empresas.

Priscila adverte ainda que é preciso ter muito cuidado com os mailings de empresas, que são vendidos até em bancas de jornais hoje em dia. “Às vezes você compra um mailing com 30 mil empresas achando que está fazendo um ótimo negócio e acaba jogando dinheiro fora, já que o mailing pode estar desatualizado. O ideal é entrar em contato com as empresas e descobrir o nome do responsável pelo RH, ou mesmo o gerente da área”, afirma a consultora.

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