Autor: Duncan J. Watts
Editora: Leopardo
Páginas: 269
Preço: R$59,00
A evolução tecnológica e a acessibilidade às redes sociais, no século XXI, simplificaram a manutenção dos contatos pessoais e profissionais, conquistados ao longo da vida. A facilidade para conservar tais relações é, em sua grande parte, mérito de conhecidos sites de relacionamento, cujo objetivo é integrar usuários e agilizar a comunicação entre eles.
Desta forma, para dar uma alavancagem na carreira profissional, basta avaliar as relações cultivadas em antigos trabalhos. Como isso? Podemos pensar, por exemplo, se almejássemos trabalhar em uma determinada loja, mas não sabemos quem seria a pessoa ideal para encaminharmos o currículo. O que fazer? Normalmente, as pessoas contam o fato a um amigo por alguma rede social. Ele, por sua vez, conta a outro amigo o problema. Esse percurso será feito até no máximo seis pessoas tomarem conhecimento dessa dificuldade. Se não a primeira, talvez a segunda ou a quarta, qualquer uma dessas seis pessoas conhecerá alguém da loja, e pronto. Se criará a possibilidade de ser indicado para trabalhar no empreendimento desejado.
Esse processo de comunicação é uma evolução da teoria criada na década de 60 pelo psicólogo social Stanley Milgram. Ele defende que são necessários apenas seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer, em qualquer lugar do mundo, estejam interligadas. O que torna verídico a hipótese de se conseguir um trabalho em determinada empresa ou loja por simples indicação. É preciso conhecer alguém, que conhece alguém, que conhece outro alguém, que trabalhe na empresa.
Essa também é a tese defendida no mais recente livro lançado pela Editora Leopardo, “Seis Graus de Separação – A evolução da ciência de redes em uma era conectada”. Duncan J. Watts, arquiteto de ciências de rede e autor da obra,analisa e descreve o processo dos “seis graus de separação”, que está entre os mais modernos estudos de análise dos vínculos existentes entre as pessoas. O livro traz a teoria da conectividade existente entre indivíduos pelo mundo, instrui quem deseja entender mais o assunto e utilizar da melhor forma a rede de contatos que as cercam, em busca de alavancar a sua carreira e, quem sabe, conseguir o emprego dos sonhos.
A obra ainda menciona questões relativas à criação das redes sociais. O autor explica, “em vez de perguntar quão pequeno é o nosso mundo, podemos perguntar o que é necessário para que um mundo, não apenas o nosso, mas qualquer mundo, seja pequeno. Em outras palavras, em vez de sair para o mundo e medi-lo em detalhes, construir um modelo matemático de uma rede social no lugar da coisa em si, e aplicar sobre o nosso modelo a força da matemática e dos computadores”.
A teoria está presente em todas as áreas de relacionamento de nossas vidas. Percebendo essa fusão entre as pessoas, a indicação é, hoje, o meio mais utilizado pela área de Recursos Humanos, para contratação de profissionais. Exemplo disto é o QI, uma abreviação do termo “quem indica”.  Antes, classificada como antiprofissionalismo, essa prática se tornou prioridade na hora de empregar alguém. É importante avaliar as pessoas às quais você mantém contato. Elas podem ser o ponto inicial do caminho ao sucesso.