Carreiras | Empregos

por Camila Micheletti
Que muitas empresas utilizam a Internet para selecionar candidatos a emprego, todo mundo já sabe. Essa prática é comum há cerca de quatro ou cinco anos, quando os sites de recrutamento online começaram a aparecer na Web. Mas, passado esse tempo, como está situação hoje? Será que as empresas continuam fazendo o uso de sites de recrutamento – e do próprio site da empresa – para anunciar vagas e captar talentos?
A resposta é sim, e mais do que nunca. Prova dessa demanda são os resultados de uma pesquisa americana, denominada Internet Recruiting Intelligence, e realizada pela consultoria iLogos Research. As estimativas mostram que até 2003, esse tipo de serviço vai crescer 17 vezes. De acordo com a pesquisa, 91% das companhias pertencentes ao ranking das 500 melhores empresas do mundo, elaborado pela revista norte-americana “Fortune”, como o Wall-Mart, General Motors e Microsoft, utilizam sistemas de recrutamento on-line, como os sites de emprego e os anúncios colocados nos próprios sites das empresas.
A pesquisa foi mostrada durante encontro do Comitê de Recursos Humanos da Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB), realizado em maio, onde os associados, cerca de 17 empresas de médio e grande porte, discutiram o processo de recrutamento on-line, o e-recruiting, como é conhecido.
Testes de português e inglês, lógica pela Internet, busca em bancos de currículos on-line e entrevistas à distância sob o olhar de webcams (câmeras de vídeo) são algumas das facilidades que o serviço proporciona. Esta última muito em uso nos Estados Unidos, Europa e Austrália. Para os candidatos, garante uma resposta mais rápida, permite sua exposição em um universo amplo de empresas e facilita sua participação em um número maior de processos seletivos, pois diminui a necessidade de deslocamento para entrevistas. A seleção, porém, já começa excluindo quem não sabe usar bem a Web. “Comprovada a eficácia destas ferramentas, no lugar de recrutar e depois selecionar, a tendência é selecionar e depois recrutar”, diz Pablo Alzogaray, coordenador do Comitê. “A seleção já começa na filtragem dos currículos. Os que não apresentam o perfil procurado são excluídos. E os que não sabem usar a Internet já estão em desvantagem”, constata.
Paulo ressalta que os talentos humanos são, cada vez mais, o grande diferencial das organizações e, nesse sentido, a seleção de pessoas é um fator estratégico e de muita importância para o sucesso da empresa. “Não tem como fugir, hoje em dia você precisa da agilidade e eficácia do recrutamento pela Internet para ganhar resultados rápidos e certeiros”, analisa ele.
“O grande diferencial que representa o recrutamento online é a economia: de tempo, de dinheiro, de papel e, claro, de trabalho. Levamos em média 10 a 15 dias para selecionar um candidato, em um processo que começa com a publicação da vaga nos sites de emprego, seleção dos currículos e termina com as entrevistas, de onde sairá o candidato ideal para o cargo. Além disso, não precisamos receber toneladas de currículos impressos, como fazíamos antigamente e também economizamos com pessoal, já que a pessoa responsável pelo arquivamento e organização desses currículos hoje não existe mais. Por tudo isso, acredito que hoje a Web é o meio ideal para selecionar pessoal, ela possibilita que você encontre o perfil exato da vaga, então você acaba encontrando a pessoa certa muito mais rapidamente”, explica Andréa Abbud, analista de Recursos Humanos e responsável pela seleção dos candidatos da Cia. Melhoramentos de Papel de São Paulo, uma das maiores do país no setor. A empresa utiliza o recrutamento pela Internet, através do site Empregos.com.br, há cerca de dois anos e está muito satisfeita com o resultado.
Como a Melhoramentos, milhares de empresas em todo o mundo vêm percebendo as vantagens do recrutamento online, e cada vez mais vêm aderindo a essa nova prática, que sem dúvida facilita e muito o trabalho do profissional de Recursos Humanos.

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