A maior reclamação de quem procura emprego é a falta de retorno, de todas as formas. A ausência de retorno na candidatura traz dúvidas como: “será que meu currículo está bom” ou “será que receberam meu Currículo”?
Existem vários motivos para a falta de retorno de candidatura, eles podem ir desde um que vão desde um alinhamento inadequado (ou ausência) de informações do Gestor, um departamento ou profissional de R&S mal preparado, até o excesso de trabalho dos profissionais de RH.
Sobre o CV (Currículo Vitae), é fundamental ser bem estruturado, ter um visual compatível com seu nível profissional, uma estrutura que facilite ao selecionador encontrar as informações, etc.
Um dos erros mais comuns nos currículos, é não conseguir demonstrar sua experiência e potencial através dele. Muitas vezes, acabam faltando informações como: resultados, projetos e palavras chaves de sua experiência.
Na categoria ‘experiência’, deve-se evitar informações irrelevantes e inoportunas como lista de competências, que citam se você é focado, flexível, pontual ou tem facilidade para o trabalho em equipe. Muitos currículos, em decorrência desses erros, acabam ficando de fora de processos seletivos.
Outros dois maiores problemas em grande parte das candidaturas, sem contar o currículo, são: perfil diferente da vaga e comunicação inadequada.
Muitas vagas são anunciadas de forma incompleta e isso dificulta tanto o processo de recrutamento da própria pessoa que fez o anúncio, quanto a avaliação do candidato para saber se tem o perfil ou não. Mas só que faz a triagem de CVs para uma vaga sabe o quanto os profissionais estão despreparados.
Na minha experiência como selecionadora, posso afirmar que mais de 50% dos CVs recebidos não têm o perfil da vaga. E não é por falta de informação, o profissional vê que a vaga não é compatível, mas envia assim mesmo, com aquele sentimento de “vai que dá certo”. Não dá.
Para cada vaga 200 CVs recebidos, existem pelo menos 50 CVs no perfil desejado. Então se a vaga não for para você, seu CV vai ser só mais um perdido, ignorado ou que estará tomando o tempo de quem lê. Sei que há quase um desespero de quem não está trabalhando e que a esperança fala alto, mas para ter resultados positivos, as ações devem ser assertivas.
O segundo problema é a comunicação. Mais da metade dos candidatos não se comunicam com os selecionadores. Eles “jogam” seus CVs no e-mail de alguém (que muitas vezes nem é de RH ou Gestor) sem escrever NADA no corpo do e-mail, simplesmente anexam um CV e enviam. Assim, sem sentido nenhum. Aí dizem que encaminham dezenas de CVs por dia ou por semana e não recebem retorno. Minha pergunta sempre é: para quem está enviando? E de que forma?
Esse assunto é muito longo, daria uma palestra inteira, mas não quero estender demais o texto, então vou resumir em um exemplo: sempre que for mandar uma mensagem para alguém, sobretudo se for CV (para vaga ou não) fale como se estivesse conversando pessoalmente com a pessoa. Se você fosse entregar seu CV na mesa de uma gerente de RH, dentro de uma empresa ou consultoria, como faria? Colocaria o CV na mesa, sem dar um “Bom dia”, sem falar nada? Ou iria cumprimentar, se apresentar e depois dizer o motivo de estar ali?
Sei que não é por mal que muitas pessoas fazem isso, mas se coloque no lugar de quem está recebendo. Não dá para saber quem é, porque está entrando em contato, o que deseja e o que deve fazer com o CV – encaminhar para uma vaga ou arquivar.
E o pior, tem gente que ainda espera um retorno depois de fazer isso! Isso não é candidatura, e não é postura de um profissional. A comunicação deve ser a mesma, não importa se por e-mail ou presencialmente. Educação, respeito, simpatia e um bom resumo de seus objetivos e experiências podem, sim, garantir um lugar na entrevista. Converse com as pessoas, sejam colegas, selecionadores, headhunters ou gestores. Converse.
Se você alinhar seu CV, objetivos e fizer contatos e candidaturas de forma coerente com seu perfil, eu garanto que terá resultados bem melhores. Desejo sorte e sucesso! 💡
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