por Edmundo Rodrigues
O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente. Por isso, mais do que nunca, é importante planejar a continuidade de seus estudos mesmo após concluir a graduação. Diploma de uma boa faculdade e fluência em inglês ajudam bastante, mas não é só isso que as empresas esperam de um profissional. Hoje em dia, fazer um curso de especialização na área desejada pode ser um bom investimento para a sua carreira.
Dentro dessa nova tendência, as universidades começaram, desde o ano passado, graças a regulamentação do MEC, a oferecer cursos de formação especializada, com um conteúdo estruturado para atender às necessidades atuais do mercado de trabalho.
“Fazer administração na Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, é ter certeza de um lugar de sucesso, com alta possibilidade de empregar-se em grandes empresas.”, é o que garante Cássia Rodrigues, consultora da MKT em Recursos Humanos Desenvolvimento Pessoal. Segundo ela, esta é a grande chace de o profissional aumentar seu potencial, possibilitando um relacionamento com executivos das mais diferentes áreas.
No entanto, ingressar na FGV não é uma missão nada fácil, devido ao grande número de interessados em fazer parte do corpo estudantil da fundação, principalmente nos cursos de pós-graduação. Por isso, a Fundação Getúlio Vargas seleciona os candidatos através de um exame que é formado por provas de raciocínio, redação, Inglês, quantitativo e crítico.
Áreas como a de Comunicação Social, Direito, Medicina, entre outras, já têm, há muito tempo, cursos seqüenciais que visam enriquecer o currículo e manter o aluno sempre atualizado com sua área de atuação. “O conhecimento na área de exatas, por exemplo, deve ser renovado a cada três anos”, diz Flávio Bertolozzi, membro da comissão de especialistas em informática e computação do MEC. Agora é a hora certa para os analistas, engenheiros e pessoas que já trabalham na área procurarem especializações.
Por conta disso, está crescendo o número de pessoas que procuram cursos de pós-graduação na área de Tecnologia da Informação. De olho nessa demanda, muitas universidades estão criando cursos de extensão universitária específicos, como os cursos de Modelagem Computacional, oferecido pelo MTC (Ministério da Ciência e Tecnologia) e de Computação Aplicada, oferecido pelo IMPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Também fazem parte desta lista o programa MBI para executivos; o MTO (Management of Tecnology Computer Network), para formar gerentes; o Programa C/S Expert, para criar especialistas em tecnologia cliente/servidor; e o programa DBM, feito especificamente para profissionais responsáveis pela gestão do processo Database Marketing.
Outra faculdade que está inovando nesta área é a FASP (Faculdades Associadas de São Paulo). A instituição de ensino oferece cursos de consultor para Web, que pretende formar especialistas em Internet, Intranet, protocolos de redes em geral e inteligência artificial, ideais para quem pretende trabalhar com sistemas inteligentes. Escolha o seu e boa sorte !
Mas o que fazer quando depende-se do salário do atual emprego para pagar a faculdade ? Segundo a consultora da Saad Fellipelli, deve-se investir na carreira, dependendo do momento em que o profissional encontra-se. “Abandonar o emprego para sentir-se feliz e, com sorte, progredir na carreira, é uma excelente alternativa. Porém, esta é uma situação que deve ser muito analisada”, explica.
Para Elaine, existem várias maneiras do estudante investir na carreira, mesmo que mais demoradas, mas também efetivas, como cursos de línguas, gerenciamento de equipes e liderança, que valorizam e preparam o profissional para o mercado de trabalho.
O estudante também pode assistir palestras sobre sua área, conhecer profissionais em atuação no mercado e trocar informações de sua graduação com professores e colegas. “Manter-se atualizado com tudo que acontece no mercado de trabalho e com sua futura profissão são importantes fatores para que você possa ingressar com força total na carreira”, finaliza a consultora.