Carreiras | Empregos

por Camila Micheletti
Se você é um profissional de saúde – ou mesmo é amigo ou parente de um, preste atenção nesta informação: a área – que inclui médicos de todas as especialidades, dentistas, enfermeiros, fisoterapeutas, fonoaudiólogos, psiquiatras e psicólogos – está em busca de novos profissionais.
Só no site Empregos.com.br, que apresenta mais de 80 mil vagas de emprego, havia, no dia 12 de fevereiro, cerca de 1.203 anúncios, com 2.216 vagas ativas na área de saúde. O maior número de vagas é para clínico-geral, com 531 oportunidades, vindo em seguida 414 vagas para enfermeiro e 104 para pediatra. Para se candidatar a estas e outras vagas, clique aqui.
“Apesar do setor ainda funcionar muito na base da indicação (o conhecido QI – quem indica), muitas empresas e profissionais já começam a perceber a demanda crescente por oportunidades em outros meios, como a Internet. A oferta de vagas nesta área é recente, mas a tendência é aumentar ainda mais”, explica Márcia Carvalho, gerente de telemarketing do Empregos.com.br.
As vagas são para quase todos os estados brasileiros, incluindo as regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Distrito Federal e Espírito Santo. O perfil das empresas que anunciam as vagas é bem variado, incluindo organizações de pequeno e médio porte, como hospitais, clínicas médicas e empresas de plano de saúde.
Qual o perfil do profissional de saúde no Brasil? Foi para responder esta pergunta – e colocar outras em pauta – que o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), em parceria com o Nescon – Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais, realizou uma ampla pesquisa, intitulada o “Mercado de Trabalho Médico no Estado de São Paulo” e concluída em 2002. O estudo demonstrou que boa parte dos 260 mil médicos que atuam no País possuem uma jornada de três ou mais empregos, aliando trabalho assalariado e prática autônoma em consultórios e hospitais.
Outra pesquisa, intitulada “Perfil dos Médicos no Brasil” e divulgada em 1995, mostrava que 50% dos médicos no Brasil tinham até 40 anos de idade, 32,7% eram mulheres, 61,37% residiam nas capitais e cerca de 30% eram do Estado de São Paulo. A pesquisa apontava, ainda, que cerca de 70% dos profissionais tinham consultório, onde a principal fonte de renda eram os convênios. “Os médicos estão insatisfeitos com o mercado, com o salário e com as condições de trabalho. Estão também inseguros e sofrem com a pressão da sociedade”, analisavam os coordenadores do estudo. Mas, apesar de tudo isso, a paixão pela profissão ainda bate mais forte: 80% dos profissionais afirmaram gostar do que fazem, e apenas 0,2% abandoram a profissão.
Na opinião de Celso Desidério Gomes, gerente de Recursos Humanos do Hospital Sírio-Libanês, o mercado de saúde tem uma particularidade porque exige muito conhecimento técnico, mas também requer competências comportamentais exigidas em todos os profissionais, como ética, trabalho em equipe, liderança e empreendedorismo. “O processo de seleção torna-se muito complexo, porque tenho que analisar a personalidade do indivíduo como um todo. Além disso, há uma demanda muito grande de profissionais, mas a qualidade é pequena”, esclarece.
 

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