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Por Priscila D’Amora
O profissional que anseia por enriquecer seu repertório, e que em algum momento de sua vida sente a necessidade de reformular seus conhecimentos, muitas vezes enxerga no período Sabático uma saída para extrair o melhor dessa fase.
A expressão sabático tem origem hebraica, Shabat significa época do descanso sagrado. De acordo com a tradição judaica, o dia de Shabat foi ordenado por Deuscomo um dia de descanso após a Criação.
Baseado nesse conceito, o período torna-se próprio à reciclagem de executivos e diretores com muito tempo de casa, que buscam novas possibilidades para obterem um tipo de conhecimento e pontos de vista diferentes do que têm em suas funções diárias. Indo direto ao ponto: é o momento de pensar em assuntos e experiências que normalmente não seriam motivo para reflexão.
Contudo, seria perfeito se dependesse apenas da própria vontade do profissional, o que raramente acontece. Segundo Luis Felipe Cortoni, professor da Fundação Vanzolini (USP) e sócio-diretor da LCZ Desenvolvimento de Pessoas e Organizações, esse período é o momento em que as pessoas fazem algum tipo de estudo alternativo ou algo significativo para elas. “Não é um estudo voltado à empresa. Por isso a necessidade de se ter bem claro qual o objetivo e real necessidade de parar”.
A análise do período tem que ser feita com cuidado para que não se confunda o Sabático com algum tipo de férias especiais ou que ele seja a resposta para uma inquietação ou ansiedade do momento.
As empresas estão preparadas?
Normalmente, as empresas proporcionam aos seus funcionários viagens para fora do País com o propósito de se especializarem. Exemplo disso são os cursos de MBA, extensão, etc. Mas o período Sabático não necessariamente trará benesses diretas à empresa, inclusive por esse motivo muitas vezes ele não é remunerado. ” Qual a empresa que vai deixar o funcionário ficar seis meses fora para que ele faça um Sabático e volte com um novo ânimo? E se o profissional almejar por fazer uma volta ao mundo nas maiores escolas de gastronomia ou até mesmo estudar filosofia? Não acredito que esse seja um discurso apropriado para o universo das organizações”, alerta Cortoni.
Não confunda período Sabático com férias
Essa parada estratégica vem sendo muito discutida pelo excesso de tarefas e informações que o profissional precisa administrar. É nesse aspecto em particular que as pessoas não devem confundir o período com uma espécie de férias. Se existe uma estafa e fatores que incidam sobre a saúde do profissional dentro da empresa, a alternativa mais apropriada seria adotar um programa de qualidade de vida, diminuir a quantidade de hora extra e cumprir o período de férias obrigatórias.
Antes de parar

  • Faça um planejamento amplo de suas necessidades;
  • Defina quais são seus objetivos;
  • Trace roteiros;
  • Planeje suas finanças;
  • Prepare as pessoas que irão substituir você nesse período;
  • Converse com quem já passou por essa experiência.

E, se essa for realmente a solução para seus planos futuros, aproveite para redescobrir potencialidades e investir no auto-conhecimento, que na melhor das hipóteses é sempre bem-vindo em qualquer área que se queira atuar.

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