Carreiras | Empregos

por Patrícia Bispo*
Já se foi o tempo em que o universo da mulher ficava restrito apenas às obrigações domésticas. Hoje, o mercado de trabalho possui um número significativo de representantes do chamado sexo frágil, atuando em funções antes reservadas somente aos homens. Mas não são apenas as mulheres que passaram a reconhecer seus valores profissionais. Hoje, algumas empresas também mostram preocupação com elas e desenvolvem programas específicos para atender às necessidades femininas.
Na multinacional Ernst & Young, por exemplo, as colaboradoras contam com o “Women Leadership – Programa de Liderança desenvolvido especificamente para mulheres que é adotado tanto no Brasil, como nos escritórios dos Estados Unidos. “A organização resolveu adotar esta prática, porque a participação das mulheres em cargos de liderança vem crescendo e ainda há muito espaço para que elas possam desenvolver seus talentos”, explica Luciana Carvas, gerente de Recursos Humanos. Como ainda está em fase de implantação no Brasil, a empresa acredita que ficando atenta às particularidades das profissionais, principalmente às executivas, a organização conseguirá otimizar todas as vantagens dessa nova realidade vivenciada pelas mulheres.
Dentro do Plano de Ação que a empresa desenvolveu para as funcionárias, Luciana Carvas cita, como exemplo, ações internas como a criação de uma coluna dedicada às mulheres que é veiculada no jornal virtual da empresa, adoção de mudanças físicas nos escritórios que tornam o ambiente de trabalho mais adequado à ergonomia das colaboradoras, a existência de uma loja virtual, onde são vendidos produtos com a marca da empresa a preço de custo e o horário flexível que permite que as mulheres amamentem ou busquem os filhos na escola. “A empresa também teve a preocupação de contratar profissionais para realizarem ginástica laboral, sessões de massagens e celebrou convênio com o Vigilantes do Peso. Essas são apenas algumas iniciativas que beneficiam as mulheres, mas já estudamos a possibilidade de serem estendidas aos homens, num segundo momento”, destaca.
Além desses atrativos, o Plano de Ação desenvolvido para as mulheres prevê a realização de reuniões regulares, onde todas as mulheres que atuam na organização serão convocadas para participarem. Nesses encontros, as funcionárias poderão participar de debates e apresentar sugestões. Fora isso, as colaboradoras têm a liberdade de procurar o Departamento de RH a qualquer momento, para falar sobre assuntos que estejam relacionados com elas.
“Pretendemos que estas reuniões sejam trimestrais e que sejam alternadas entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Cada vez em um ambiente diferente, que não seja o próprio escritório, sempre com duração de uma manhã e que culminará num almoço de confraternização. A organização desses eventos será realizada pelo Departamento de RH e participarão apenas as funcionárias. Os encontros serão conduzidos pela área de RH e pelas sócias da empresa”, comenta a gerente de RH da Ernst & Young.
Quando questionada se os funcionários da empresa não se sentem um pouco discriminados e esquecidos, Luciana Carvas cometa que essa é uma hipótese remota, pois eles próprios têm apoiado as iniciativas e reconhecem a necessidade de que a empresa precisa administrar as diferenças, sem preconceitos. De qualquer forma, complementa Carvas, os homens também estão sendo beneficiados pelo processo, pois eles percebem que o nível de satisfação entre as mulheres pode trazer ótimos resultados em termos de produtividade e de motivação.
*Patrícia Bispo é jornalista responsável pelo conteúdo da comunidade virtual RH.COM.BR

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