Já acertei muito ao dar tempo ao tempo, também já errei ao esperar demais. Por vezes venci sendo proativo e outras, me perdi por pura ansiedade. Durante a nossa carreira profissional, em especial quando estamos procurando emprego, paciência e proatividade fazem a diferença.
Crescer pessoalmente e profissionalmente requer certa sensibilidade, uma intuição sobre quando agir e quando aguardar.
Besteira nossa pensar que controlamos tudo, que sabemos exatamente o que está acontecendo e o que vai acontecer. São tantas variáveis que a nossa mente cognitiva é incapaz de calcular todas elas. Quando aceitamos isso, é um alívio!
Nos lembramos que oportunidades virão inexplicavelmente e que esperar também é abrir possibilidades. Saber deixar as coisas acontecerem é confiar no tempo, confiar no nosso esforço e na nossa intenção, especialmente quando temos a certeza que fizemos tudo que está ao nosso alcance.
Ao mesmo tempo, agir é essencial. Quando desejamos algo intensamente, nossa mente trabalha de modo orientado e atrai a nossa atenção para recursos que podemos ativar para a realização do nosso objetivo.
Querer é o que nos move e a ação é o que nos coloca no caminho. Porém, nem toda atividade é “pro” algum objetivo. Por isso, devemos estar atentos, lembrarmos sempre da nossa meta e evitarmos desvios de rota desnecessários e custosos.
O que pode nos ajudar a alcançar um equilíbrio entre estas duas posturas?
A primeira coisa, na minha opinião, é ter um objetivo claro. E “claro” significa que é evidente como este objetivo contribui para a sua forma de ver a vida, ou para sua carreira, no caso profissional. Isso faz com que você seja muito mais eficaz em buscar aquilo que está ao seu alcance, aumentando a sua auto-confiança e também sua capacidade de suportar o período de espera e maturação dos resultados.
A segunda coisa que eu gostaria de destacar, é a importância de ouvir a sua intuição, o seu “feeling”. Entre agir ou aguardar, deve existir uma escolha. E, esta decisão, tem que vibrar dentro de você.
Poucas pessoas reconhecem os sinais da própria intuição e acabam por dar voltas e voltas ou ficam presas em “obstáculos” ilusórios. Seu “feeling” é o toque de gênio, é a jogada do craque. Não acerta sempre, mas faz toda a diferença.
Profissionalmente, minha intuição funciona algumas vezes mais e outras menos. Lembro de um dos meus primeiros estágios em que, depois da entrevista, percebi que uma viagem que tinha marcado, poderia ser decisiva na minha seleção. Liguei para a diretora da área que tinha me entrevistado, conversamos e o resultado foi que encurtei a viagem e consegui a vaga. Bingo!
Não existe receita para saber quando ter paciência e quando ser proativo. Nem garantias. Só posso afirmar para você uma coisa: O que é do homem, o bicho não come (O que é da mulher, o bicho não põe a colher).
Por assim dizer, leitores e leitoras, o que é seu está lá. Vá buscar! Você merece. Confie no seu “feeling”, que está constantemente te dizendo o que é certo, ou melhor, o que é natural fazer em uma situação ou outra.
Gratidão!
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