Carreiras | Empregos

Por Gutemberg B. de Macedo
Recentemente, eu voltava do almoço para o escritório acompanhado de um colega e, próximo ao Conjunto Nacional, fomos surpreendidos por um jovem alto, de cor branca, cabelos curtos e bem vestido. Ele nos parou e ordenou de forma ameaçadora: “Não se mexam. É um assalto. Passe o relógio. Rápido. Não estou brincando!” E para nos assegurar de que não estava brincando, nos apontou uma arma, já com o dedo no gatilho.
Não havia um único policial nas imediações e as pessoas que passavam fingiam que nada estavam vendo. Em momentos críticos como esse, não há como ser solidário, sob pena de ser gravemente ferido. Sem perda de tempo, tiramos cada um o seu relógio do pulso e entregamos rapidamente ao assaltante. Somos uma das nações mais violentas do mundo e éramos mais duas das vítimas que diariamente sofrem esse tipo de violência.
Inconformados e ainda trêmulos, voltamos para o escritório com um nó na garganta e uma sensação de impotência e de insegurança. Tínhamos uma única certeza: estamos à mercê dos bandidos. Quem passa por esse tipo de violência costuma ter um impulso natural: o de agradecer aos céus por ter escapado da experiência com vida.
Em silêncio comecei a me questionar: Quem foi o nosso anjo da guarda que nos livrou de um mal maior? Quem foi o anjo que nos deu discernimento para manter a cabeça fria e não esboçar qualquer tipo de reação? Levado por esses questionamentos, peguei um exemplar da Bíblia e fui direto ao Salmo 91. As Sagradas Escrituras falam sobre a existência dos anjos – bons e maus – que são invisíveis, incorruptíveis e imortais.
Entretanto, a despeito do poder e superioridade que têm sobre os homens, eles não podem criar, mudar as substâncias, operar milagres, agir sem um propósito e nem decifrar os motivos do coração. Estas são prerrogativas de Deus e os anjos apenas executam a Sua vontade no mundo natural. Assim podemos dizer: Os anjos bons influenciam os homens para o bem e os anjos maus os influenciam para o mal. Muitos de nós já ouviu ou disse frases como: “O meu anjo da guarda me protegeu”; ou “O meu anjo da guarda estava de plantão”. Na maioria das vezes, são frases ditas sem uma reflexão ou conotação mais espiritualizada.
Mas quando ditas de forma consciente, como um agradecimento ou reconhecimento pela proteção Divina, há um inevitável fortalecimento do indivíduo. Há casos também de pessoas que são movidas pelos anjos do mal.
Seja qual for a situação, necessitamos de um anjo da guarda ao longo de nossa trajetória profissional. Refiro-me a um mentor, um chefe conselheiro ou um amigo verdadeiro que nos oriente. Sem ele, nossa carreira profissional poderá sofrer inúmeros reveses.
O ponto mais importante é que ninguém faz nada sozinho. Não existe a figura do super homem ou do super executivo, exceto nas telas dos cinemas e na mitologia. Portanto, abra as portas de sua vida e carreira para que os bons anjos da guarda lhe protejam. Fique atento, pois os anjos podem estar sentados ao seu lado – um subordinado, um par ou até mesmo um superior.
*Gutemberg B. de Macedo é presidente da Gutemberg Consultores Ltda, empresa especializada na recolocação de executivos, Coaching Executivo e Pré-Retirement Planning.
Avalie:

Comentários 0 comentário

Os comentários estão desativados.