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Mirian Mesquita, Coordenadora de Recursos Humanos da Porto Seguro, empresa seguradora, diz que o selecionador é o cartão de visitas da empresa. “Ele deve agir com discrição e imparcialidade, estando aberto para ouvir o que o candidato tem a dizer”, esclarece ela. “A responsabilidade também é fundamental. Isso envolve o cumprimento de horários e muito respeito, de forma que o candidato se sinta bem à vontade nesse momento tão importante”, complementa Mirian.
Para a coordenadora, que há 17 anos trabalha na área de recrutamento e seleção, o currículo é uma descrição fria das características do profissional. Por isso, durante a entrevista devem ser checadas todas as informações contidas nele. “Muitas pessoas acham isso desnecessário, mas a investigação, a conversa, o contato pessoal, fazem parte do processo seletivo”, explica Mirian “Quem não checa informações, nem olha nos olhos do candidato, não consegue saber se ele é a melhor escolha”, acrescenta.
Dependendo da empresa, o selecionador é um psicólogo ou alguém que possua uma boa experiência na área de recrutamento. “Nas grandes organizações, a margem de erro na seleção é bem pequena, pois os profissionais são altamente qualificados. Já nas pequenas empresas, esse trabalho é realizado de forma mais amadora”, explica Odair Furtado, vice-presidente do Conselho Regional de Psicologia, CRP.
Para ele, o selecionador tem total responsabilidade na escolha dos melhores profissionais para a vaga. “Ele é avaliado pela empresa, assim como o candidato é avaliado por ele. O bom selecionador é imparcial, conhece o contexto da empresa, do mercado e da vaga, considerando as possibilidades de ascensão e os desempenhos futuros do candidato escolhido”, diz ele.
Miriam diz que o bom selecionador faz um levantamento cuidadoso do perfil da vaga, analisa os currículos que correspondem às expectativas da empresa e realiza a entrevista com muito respeito e foco nos requisitos essenciais. “Aplicação de testes e dinâmica de grupo também são imprescindíveis e devem ser realizados por um psicólogo”, diz ela. Odair Furtado concorda: “O selecionador pode ser pedagogo, administrador, sociólogo ou psicólogo. Porém, os testes só devem ser aplicados pelo psicólogo”, afirma.

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