Carreiras | Empregos

A crise ensinou uma bela lição à humanidade, que é a avaliação das consequências. Ou seja, não dá mais para pensar apenas no curtíssimo prazo. Um exemplo: no início da crise previa-se a volta da negligência ao meio ambiente. A explicação era que, com menos verba, equipamentos antipoluentes, considerados luxo, elevariam os custos dos produtos, tornando seus preços inviáveis. Aconteceu o oposto: a questão ambiental ocupa um lugar muito maior no planejamento das empresas e gera lucro e empregos.
A visão de risco mudou. Ninguém consegue evoluir sem eles. Pequenos riscos fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa. Grandes riscos, muitas vezes, determinam o rumo de empreendimentos, empresas e carreiras, para o bem ou para o mal. A questão é, portanto, lidar com eles.
No caso das inovações, justamente por se tratar do não conhecido, o risco é inevitável. Por um lado não se pode desprezar uma ideia para não correr riscos, mas não se trata de dar um salto no escuro. Quero compartilhar com você alguns procedimentos que levei às empresas sobre maneiras de avaliar e se preparar para os efeitos de uma inovação:
Prevenção – Aspectos negativos devem ser enfrentados, mas de forma positiva. Criei um instrumento que funciona da seguinte maneira: num primeiro momento são listadas todas as possibilidades ruins que vierem à mente. São eliminadas as menos relevantes, assinaladas as importantes. Uma por uma, são criadas formas de evitá-las, revertê-las ou neutralizá-las.
Consulta a Outros – Compartilhar um projeto inovador requer diferentes táticas. Uma delas é a cautela com relação a pessoas que podem roubar ideias. Outra é não se deixar abater pelo pessimismo alheio ou pela dificuldade que seu interlocutor tem em absorver a inovação. A proposta é filtrar os comentários de uma forma construtiva, focando no que os outros têm a dizer sobre público-alvo, o mercado ou formas de programar uma inovação.
Visualização – Faço um exercício de visualização para o curto, médio e longo prazo. Os resultados imediatos e os de longo prazo podem ser bastante diferentes entre si.
Consideração do Fator Humano – Sugiro uma simulação sobre como a inovação afetará – positiva ou negativamente – diferentes grupos de pessoas afetadas. Trata-se de uma espécie de ensaio para lidar com todos, agregando parceiros e administrando resistências.
Correr riscos requer coragem. Mas a coragem sozinha pode não levar aos benefícios que uma inovação traz consigo.

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