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Que atire a primeira pedra quem nunca se envolveu no ambiente de trabalho!
Uma pesquisa americana revelou que os relacionamentos estão tornando-se cada vez mais comuns, tanto que 25% dos funcionários entrevistados já tiveram “casos” com colegas de trabalho. Desses, a metade acabou se casando – com ou sem papel passado.

A justificativa é simples. As pessoas têm passado cerca de oito dez horas nos locais de trabalho, então as chances de encontrar seu “princípe encantado” tornaram-se mais fáceis. “Quando você passa grande parte do seu dia no escritório, passa a ter relações mais estreitas com as pessoas, o que facilita o envolvimento”, esclarece a psicóloga Regina Vera Dias.
Apesar de não serem incentivados pelas empresas, são poucas as que vetam. Um exemplo disso é que, nos Estados Unidos, apenas 27 em cada 100 companhias têm alguma política sobre o assunto. Dessas, apenas 7% proíbem que os empregados levem às vias de fato uma paixão ou atração sexual. E isso num país em que qualquer olhar, gesto ou palavra pode ser interpretado como assédio sexual.
No Brasil, a regra é manter a discrição e, dependendo da empresa em que trabalha, buscar uma recolocação no mercado.”A grande maioria das empresas é contra o casamento entre funcionários”, informa a psicóloga.
Agora, se o romance for inevitável, tome cuidado: não é porque está apaixonado que vai esquecer das obrigações ou começar a trocar carinhos na frente do patrão. Elisabete Vidal Leite Ribeiro Cardoso, coordenadora de seleção e treinamento do clube A Hebraica, declarou que não há uma proibição, mas as pessoas devem evitar a divulgação do relacionamento. “Claro que todos acabam percebendo, mas é melhor evitar comentários. Outra cautela é não usar em demasia telefones e formas de comunicação interna para ficar trocando recadinhos amorosos”, avisa.
Se o casal trabalha no mesmo departamento, os cuidados devem se redobrados. “Nada de levar problemas pessoais para o trabalho. Uma pessoa só pode se envolver com outra a partir do momento que tenha uma certa maturidade”, diz Regina Vera. Segundo ela, a empresa só vai começar a implicar com o seu relacionamento quando houver uma queda na produtividade ou ciúmes exagerado.
Foi o que aconteceu com Elisabete. A psicóloga conheceu seu marido no trabalho, e entre um almoço e outro, o namoro teve início. No começo, o casal conseguiu manter a discrição e cumprir com as obrigações, mas depois… “Ele teve de sair
da empresa, seu ciúme estava atrapalhando o nosso relacionamento e serviço.”
Final feliz
No primeiro dia de trabalho, Ilze Silva estava ansiosa para começar. Ao chegar na empresa, foi apresentada para os colegas de trabalho e uma surpresa. Alguém tocou mais forte seu coração. “Acho que foi amor à primeira vista. Assim que o vi, pensei: é ele!”
Sua felicidade durou pouco. Com o contato, descobriu que seu amado estava com casamento marcado. Mesmo assim, a troca de olhares foi inevitável. ” No dia do casamento dele, tive a certeza do meu amor, tanto que criei coragem e me declarei”, conta. A paquera durou mais um ano, quando eles decidiram assumir o caso e ficarem juntos.Ilze está casada e feliz. Por sorte, sua empresa permitiu o relacionamento e eles estão trabalhando juntos até hoje. “Em situações nas quais é impossível disfarçar o relacionamento, a melhor saída é comunicar os superiores. Assim você evita fofocas e intrigas”, informa Regina.
Mas não são todos que tem a mesma sorte. Joana Carvalho é um exemplo. Assim que começou seu namoro com o gerente de informática de uma empresa, foi mandada embora. “Acharam que nosso relacionamento iria atrapalhar no serviço.”

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