Carreiras | Empregos

por Thays Scavacini e Cristina Amorim

Para tristeza dos machistas de plantão, e alegria de outros homens, que preferem ser comandados por mulheres, segundo eles, “mais dóceis e compreensivas”, a realidade do mercado de trabalho mostra que elas realmente chegaram lá. De acordo com pesquisa do Seade, no ano passado, a parcela de mulheres na direção e no planejamento das companhias girava em torno de 13,5%. Nos últimos dois anos, esta presença das profissionais em cargos de chefia aumentou em 30%.
Segundo Celso Rodrigues de Oliveira, consultor da Red Hunter, os cargos de comando mais ocupados por elas são nas áreas de marketing, administração, recursos humanos e telemarketing. Já postos de engenharia e de áreas comerciais ainda estão centrados nos homens. “Estes segmentos exigem, algumas vezes, força braçal, fazendo com que o empregador imponha restrições na hora de contratar uma mulher”, justifica Oliveira.
Seja qual for o setor, o esforço feminino é inevitável. Não é fácil ser mulher em um mercado com raízes machistas. Exige mais força de vontade, persistência e bom humor para encarar os desafios, conquistar espaço e atingir a realização pessoal. “Isso leva a mulher a estar melhor preparada que o homem. Ela busca métodos para estar sempre atualizada e informada”, garante a psicóloga Marisa Gonçalves, consultora da Red Hunter.
Esse atual crescimento vem da valorização das características femininas no mercado, principalmente em modelos administrativos, que acabam com a hierarquia verticalizada e procuram profissionais cooperativos, área na qual a mulher transita com facilidade. “A mulher, principalmente quando é mãe, tem
de tomar decisões rápidas. Desta forma, ela sobressai no trabalho, sabe se posicionar e impor seu ponto de vista sempre que necessário”, avalia Marisa.
Outra vantagem da mulher está na intuição.Elas procuram manter relações interpessoais com seus subordinados e, quando estão no comando, sabem usar a palavra certa, no momento certo. É como explica Beth Pimenta, presidente da Água de Cheiro: “A mulher é muito mais coração. A gente percebe quando um funcionário está triste e busca o que é o melhor para ele.”
Mas isso não significa que as mulheres são melhores que os homens. Aos poucos, as companhias percebem que a política ideal aproxima-se de uma mistura equilibrada entre ambos os sexos. Mas por outro lado, o aumento da participação feminina no mercado influencia também na dinâmica da casa. Afinal, quanto mais alto o cargo, maior a responsabilidade, a carga horária e o salário.
Principalmente neste caso, quando a mulher tem mais poder ou dinheiro que o marido, alguns problemas podem surgir. Ciúme, inveja, insegurança são sentimentos comuns, que devem ser tratados com delicadeza, pois não é fácil para ele ver os papéis se inverterem. Seja qual for o caso, diálogo e muita paciência costumam resolver – nada que a mulher-chefe não esteja acostumada.
 
Mulheres no comando
Já nos cargos de chefia, só nos últimos dois anos aumentou em 30% o número de mulheres atuando na área, o que demonstra que o preconceito com relação ao sexo feminino vem diminuindo gradativamente. “O homem ainda tem resistência a liderança da mulher, por razões culturais, mas isso está diminuindo a cada dia”, avalia Celso Rodrigues de Oliveira, consultor da Redhunter.
Segundo Oliveira, os cargos de chefia mais ocupados por mulheres são os de gerente de marketing, setores administrativos, recursos humanos e área de telemarketing. Postos de engenharia e vendas comerciais ainda estão centrados nos homens.
“Estes segmentos exigem, algumas vezes, força braçal o que faz com que o empregador imponha restrições na hora de contratar uma mulher”. Seja qual for a atuação, o esforço é inevitável. Não é fácil ser mulher em um mercado que tem raízes machistas. Exige um toque maior de responsabilidade, força de vontade, persistência e bom humor para encarar os desafios, conquistar espaço e atingir a realização pessoal.
“Esses motivos levam a mulher a estar mais preparada que o homem, ela busca cursos extra curriculares e métodos para estar sempre atualizada e informada”, garante a psicóloga Marisa Gonçalves, consultora da RedHunter.

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