Carreiras | Empregos

Se tem um setor que não se altera, mesmo com a crise, é o de marketing promocional. “É justamente nos tempos difíceis que as empresas precisam liberar os produtos e lançam as promoções, o que torna o setor ainda mais aquecido”, conta Auli De Vitto, diretor-geral da Forma Editora e coordenador da Brazil Promotion, evento que reunirá todos os segmentos do Marketing Promocional em agosto em São Paulo.
Indicando uma tendência que já se confirmou em muitos outros países, o mercado brasileiro de marketing promocional chegou a movimentar R$ 2,10 bilhões em 2002, considerando-se apenas as grandes e médias empresas que demandam esses produtos. O levantamento foi feito por um grupo de empresas e demonstra uma preocupação maior das organizações com o seu público-alvo. “Eventos de grande porte como o Coca-Cola Vibezone e o Skol Beats são apenas uma pequena amostra do potencial deste mercado, que engloba ainda ações de relacionamento e fidelização, merchandising e ações promocionais em pontos-de-venda, como a demonstração de produtos em supermercados”, explica De Vitto.
Sobre a geração de empregos, Auli comenta que não há dados consolidados, mas como o setor abriga 2.500 empresas só de produtos promocionais e 4.000 ao todo, pode-se calcular que o setor tenha 16 mil funcionários diretos – supondo que cada empresa tenha quatro funcionários – e cada organização gere pelo menos cinco empregos indiretos, são mais 36 mil empregos indiretos. “Chutando muito por baixo, devemos gerar pelo menos 72 mil empregos diretos e indiretos, e a tendência é crescer ainda mais”, assegura ele.
Em 2002 o setor cresceu 10%, mesmo com as Eleições e Copa do Mundo e a perspectiva para este ano, apesar da instabilidade gerada pela guerra, é que o comportamento do mercado volte ao normal em breve. “A prova concreta de que apostamos numa retomada do crescimento é o lançamento da Brazil Promotion, que teve um investimento de 900 mil reais e tem uma expectativa de público de 15 mil pessoas”, afirma.
O mercado de produtos promocionais é um dos segmentos que mais vem crescendo e se profissionalizando em todo o mundo. A quantidade de empresas que estão investindo grandes verbas em campanhas promocionais vem aumentando expressivamente nesses últimos anos. Só para se ter uma idéia desse incremento, em janeiro, a Associação Internacional de Produtos Promocionais comemorou a centésima edição da sua feira em Las Vegas (EUA), a PPAI Expo 2003, reunindo em um único espaço os 1.462 expositores distribuídos em 3.283 estandes e ocupando 800 mil m2 de área. Os seminários educativos e exposição de produtos promocionais são direcionados para representantes que comercializam esses artigos junto às empresas, atingindo este ano 12.352 visitantes de 4.395 diferentes empresas.
Esses números representam um aumento de 39% em relação à visitação de representantes e um acréscimo de 51% no volume de empresas, se comparados aos resultados obtidos na edição anterior do evento, realizada em 2002.
Uma pesquisa realizada no ano passado pela DMS com 900 empresas do segmento promocional possibilitou traçar um perfil do setor e apontar que:

  • Mais de 2/3 dos investimentos em brindes ocorre em ações promocionais para aumentar vendas, feiras, incentivos, eventos e fidelização de clientes, entre outros;
  • O investimento em “Brindes de Fim de Ano”, representa apenas 1/3 dos investimentos em promoção;
  • Os 3º e 4º trimestres respondem por cerca de 56% dos investimentos promocionais;
  • Cerca de 30% das empresas fazem ações promocionais durante o ano todo;
  • As áreas de promoção e marketing das empresas são os principais departamentos que demandam de brindes, seguidos pela área comercial e de compras;
  • As faixas de preço de brindes com maior volume de vendas, concentram-se abaixo de R$ 5,00 por unidade ;

Entre os itens mais vendidos no segmento destacam-se canetas, com 24,68%; agendas, com 15,03% e camisas e camisetas, com 10,65% da preferência.
O evento reunirá em um único espaço a 9º edição do Free Shop Show, direcionado para o mercado de produtos promocionais, a 4º Print Show, feira voltada para exposição serviços gráficos, o 3º Free Shop Meeting, focado na venda de produtos e serviços para eventos e o 1º Promo e PDV Show, encontro de marketing promocional – onde estarão reunidos produtos, serviços e materiais de ponto-de-venda e merchandising – que acontecerá em paralelo com uma exposição de agências de promoção e demais serviços.
Além da exposição de brindes e produtos promocionais, serviços e produtos para o ponto-de-venda, serviços para eventos, serviços gráficos, agências de promoção e marketing, também ocorrerá uma série de Seminários promovidos por entidades representativas do setor como a AMPRO – Associação de Marketing Promocional, ABIGRAF – Associação Brasileira da Indústria Gráfica, ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos e POPAI Brasil – Point of Purchase Advertising International.
De acordo com matéria publicada recentemente na Revista dos Eventos, as feiras são consideradas um dos mais ricos instrumentos de marketing para as empresas. A publicação cita dados da CEIR – Center for Exhibition Industry Research, que mostra que as feiras são mais eficientes que a publicidade, relações públicas e telemarketing, só perdendo para a venda direta que, em aliás, também é praticado nas exposições. “As feiras provocam vendas com volume seis vezes maior do que qualquer outra mídia e são lembradas por muito mais tempo do que anúncios na mídia impressa, esquecidos uma semana depois. Além disso, 86% dos participantes de uma feira são compradores em potencial, enquanto que 59% dos leitores de anúncios levam até 12 meses para decidir uma compra”.

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