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por Prof. Luiz Gonzaga Leite
Quando alguém sente medo, suas funções corporais se alteram. É comum encontrarmos pessoas no elevador, ou mesmo em um cinema, que visivelmente apresentam-se alteradas por estar em lugar fechado e cheio de gente. É a chamada claustrofobia. Palpitação, tontura, mal-estar ou suor excessivo são os sintomas mais comuns de quem está em pânico. Quando esses medos ou fobias impedem que um profissional desenvolva seu trabalho com satisfação e tranqüilidade, é hora de procurar ajuda.
O medo é uma reação natural a uma ameaça real. Se alguém percebe que está sendo seguido e que uma situação de perigo se aproxima, sente medo. É natural e justificável. Mas quando esse sentimento ganha maiores proporções e não se justifica, impondo limitações à vida de uma pessoa, deve ser encarado como uma fobia – que é o medo irracional de algo que não apresenta riscos iminentes. Essa sensação geralmente é acompanhada de muita ansiedade.
Cerca de 10% da população sofre com um ou mais tipos de fobias. Na maioria das vezes, esses pacientes são competentes, inteligentes, responsáveis, sensíveis, apresentam uma certa tendência a serem detalhistas e controladores. Essas características podem ser notadas de maneira isolada, não precisando manifestar-se todas em um mesmo indivíduo. No ambiente de trabalho, podemos perceber diversas fobias, como medo de falar diante dos outros, da imperfeição, das mudanças, de utilizar escadas ou elevador, e até mesmo de computador.
Essas manifestações, que transparecem pelas próprias reações das pessoas, prejudicam seu desempenho profissional na medida em que não conseguem focar suas atividades sem se deixar influenciar pela sensação do medo e da ansiedade. Pessoas que sofrem de algum tipo de fobia estão sempre em estado de alerta, sofrendo por antecipação quando se imaginam deparando o “perigo” (geralmente algo inofensivo para a maioria).
O tratamento de fobias é realizado através de psicoterapia. Há casos em que o uso de medicamentos para baixar os níveis de ansiedade (ansiolíticos) se faz necessário. O psicólogo ou psiquiatra que estiver ministrando esse tipo de tratamento deve adotar uma atitude ativa, levando o fóbico a confrontar seus temores. Se a neurose que desencadeia a fobia estiver carregada de traços obsessivos será necessário um tratamento mais profundo e reservado.
As fobias mais comuns e que comprometem muito do desempenho profissional, levando pessoas a abrir mão da ascensão ou de simplesmente realizar tarefas com sucesso são:

  • claustrofobia – medo de lugares fechados, como elevadores, túneis, ambientes pouco ventilados
  • agorafobia – medo de espaços abertos e cheios de gente, como praças, jardins, lojas e shopping centers
  • glossofobia – medo de falar em público
  • hipsiofobia ou altofobia – medo das alturas
  • amaxofobia – medo de andar de carro
  • atelofobia – medo da imperfeição
  • aviofobia – medo de viajar de avião
  • rupofobia – medo de sujidade, de ser contaminado ao tocar objetos ou pessoas
  • climacofobia – medo de escadas
  • ciberfobia – medo dos computadores

Em tratamento, os pacientes são levados a confrontar seus medos e perceber que essas situações não apresentam qualquer risco real.

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