por Dulce Magalhães
A música era alegre e a iluminação feérica. Todo mundo estava bem vestido e a comida e bebida eram oferecidas à vontade. Era uma belíssima festa, entretanto o momento mais especial e a razão de todos estarem ali ainda não havia acontecido. O objetivo era cortar a fita vermelha que estava presa por um laço enorme e que permitiria às pessoas entrarem nas modernas instalações de uma loja num grande shopping paulista.
Olhando aquele momento ninguém poderia imaginar o caminho percorrido pelo casal dono do empreendimento. Tudo havia começado a aproximadamente dez anos quando aquele casal tinha empreendido em seu primeiro projeto conjunto, o casamento.
Naquele tempo ele recém saído do exército, estava num novo emprego como assistente de projetos de uma empresa multinacional. O salário era pouco, mas a oportunidade de aprendizagem dentro da empresa era um dos maiores atrativos.
Ela ainda estudante universitária, fazia pequenos serviços como babá, na digitação de trabalhos de colegas e em recepções de feiras e eventos. O dinheiro era sempre uma dificuldade, mas eles resolveram se casar da mesma forma. Aliás, isso já reduziria o valor de aluguel, já que passariam a pagar apenas por um local.
Não fizeram festa, só um jantar íntimo com a família e amigos mais próximos. Receberam ajuda de muita gente para começar a nova vida, ganharam móveis e objetos para casa de presente, além de uma quantia em dinheiro ofertada em conjunto pelos pais. Não era muito, mas representava quase um ano do salário dele.
Naquele momento eles tinham que decidir o que fazer com aquele primeiro recurso: uma viagem de lua de mel, uma poupança para emergências, usar como entrada na compra de um automóvel ou iniciar um negócio próprio.
Depois de muito debate, decidiram que a viagem de lua de mel ficaria adiada por um ano, aliás o que só foi possível depois de mais de dois anos, apesar dos planos iniciais. O carro também ficou para um segundo momento, apesar da facilidade imediata que traria ao casal. Resolveram investir num negócio próprio.
Primeiro ela iria se dedicar ao negócio e ele continuaria no emprego, ajudando fora do horário de trabalho, até que a coisa decolasse e ele pudesse deixar o emprego e de dedicar à empresa.
Imaginavam que isso pudesse acontecer em seis meses. Essa previsão também não se confirmou, já havia passado um ano quando ele começou a se dedicar integralmente ao negócio, e em muitos momentos eles se sentiram arrependidos por essa decisão.
Os primeiros anos foram de extrema dificuldade. A poupança inicial foi embora tão rápido que eles ficaram até atordoados. O negócio parecia um filho exigente, consumindo todo o tempo disponível de ambos e sugando todos os recursos financeiros. Contraíram dívidas e em muitas noites perderam o sono com tantas preocupações. Pensaram em desistir. Entretanto perseveraram.
Ao longo do tempo e com muito esforço conjunto venceram as dificuldades e estabeleceram um sólido negócio de comércio de antigüidades. Nos últimos anos já fizeram várias viagens pelo Brasil e ao exterior. Se mudaram para uma casa própria, muito bem instalados. E na última semana abriram sua terceira filial, sempre em shoppings centers. Agora estão pensando em empreender de novo: estão planejando seu primeiro filho.
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