Carreiras | Empregos

por Dulce Magalhães
O jovem olhou para o homem à sua frente com admiração. Era a primeira vez que ele se encontrava face a face com seu grande ídolo. Uma oportunidade única que não poderia ser desperdiçada. Tomou fôlego e fez a pergunta que povoava sua imaginação desde que ouviu falar daquele homem pela primeira vez:
– Como o senhor conseguiu chegar na situação vitoriosa que vive hoje?
O homem se voltou com um certo brilho de interesse no olhar, sorriu e dando de ombros respondeu com humildade:
– Eu simplesmente planejei.
Foi assim que Andrew Carnegie, o homem mais poderoso de sua época, respondeu a um jovem que estava curioso sobre sua trajetória de vida. A curiosidade do rapaz tinha muito sentido, pois Carnegie deu uma virada espetacular de vida. Vindo de uma família pobre de imigrantes europeus, construiu um império empresarial baseado em aço e petróleo. Um feito espetacular mesmo para um povo que acreditava fortemente no “sonho americano”, como eram os Estados Unidos no início do século.
O industrial Andrew Carnegie sabia sobre o que estava falando. O planejamento pode ser uma ferramenta poderosa na construção de nosso sucesso. Entretanto a maioria das pessoas tem dificuldade em utilizar o planejamento como instrumento básico de vida. Muitos deixam de utilizá-lo por não acreditarem que funciona. E há de fato várias razões pelas quais um planejamento pode falhar.
POR QUE O PLANEJAMENTO FALHA?
Hábitos: a primeira questão para o fracasso de um plano, está na falta de hábito em planejar. É preciso desenvolver uma cultura de planejamento. Isso significa a revisão de valores e a gestão do comportamento. Colocar no papel é fácil, o importante é levar o planejamento em frente, implementar as ações estabelecidas.
Comprometimento: é preciso ter clareza de propósitos para que o planejamento funcione. Estabelecer objetivos que não estejam alinhados com nossos valores, ou que não agreguem um real valor à nossa vida é fator desmotivador.
Resistência à mudanças: é preciso compreender que o planejamento não é um gesso, mas um roteiro para a conquista de um destino pré estabelecido. Isso significa estar afinado com o processo de mudança, para alterar métodos tantas vezes quantas forem necessárias para o atingimento dos propósitos. Método precisa ser alterado mesmo quando funciona, pois pode sempre ser melhorado.
Valorização dos obstáculos: na medida que avançamos na implementação de nossos planos, vamos nos deparando com diversas dificuldades. Pode ser uma mudança na política econômica, uma crise momentânea no segmento que atuamos, ou simplesmente uma dificuldade nossa em modificar hábitos. Tudo serve de justificativa para desistirmos de nosso planejamento. Precisamos dar a dimensão adequada a cada obstáculo e aprender a superá-los na medida em que se apresentam.
Perda de foco: a rotina de urgências, de nosso dia a dia, pode dar a falsa impressão de que não temos tempo suficiente para implementar nossos planos. Os imprevistos tornam-se mais importantes que o planejamento e a desistência é um passo natural. Porém não há nada de natural em abrirmos mão de nossas prioridades em benefício de outras atividades que não produzem nosso progresso. Podemos até momentaneamente nos desviarmos de nossos objetivos, mas o caminho precisa ser retomado todo santo dia, para que se possa construir o sucesso almejado. Assim como fez Andrew Carnegie.
POSICIONANDO AS VELAS
Num mundo que muda à velocidades estonteantes, o planejamento pode ser a rota mais segura para conquista de nossas aspirações de vida. Planejar é antes de tudo decidir como vamos viver e onde queremos chegar. Não é evitar problemas, mas aprender a superá-los. Não escolhemos o vento, mas podemos posicionar nossas velas. Isso é planejar!

AUTODIAGNÓSTICO PARA PLANEJAMENTO
  • Sei exatamente quais são meus objetivos? Posso descrevê-los?
  • Qual o meu nível de compromisso entre o planejado e sua execução?
  • Estou gerenciando meus planos de forma sistemática e disciplinada?
  • Meus objetivos são a bússola que orienta todas as minhas ações?
  • Estou revendo meus métodos para adequá-los à conquista de meus propósitos?
  • Meus objetivos são pertinentes? Trarão um maior nível de realização pessoal e profissional?
O QUE FAZEMOS
O QUE DEVEMOS FAZER
Não planejamos Aprender a dirigir nossas ações a partir de decisões planejadas
Desistimos de nossos objetivos Alterar nossos métodos e perseguir nossos objetivos até conquistá-los
Atuamos sobre as urgências Identificar prioridades e determinar um tempo diário para sua implementação
Perdemos o foco no dia-a-dia Anotar o que precisamos fazer e checar duas a três vezes ao dia sua execução
COMO FAZER
  • Dominar ferramentas de planejamento, através da experimentação de vários métodos
  • Exercitar e priorizar planejamento, através o uso sistemático de planejamento e da construção de uma rotina que possibilite uma avaliação diária de resultados
  • Estar atento a mudanças, o planejamento não é um trilho é uma trilha. Temos que alterar nossos métodos e adequar nossos planos para conquistar objetivos em meio às mudanças inevitáveis do mercado
MODELO DE UM PLANO DE AÇÃO

OBJETIVO

O que pretendemos?

METAS

Por que desejamos este objetivo?
Quem será o responsável?
Onde será realizado?
Quando será realizado?
Quanto vai custar?

MÉTODO

Como faremos para alcançar o objetivo?

REVISÃO

As metas estão sendo atingidas?
Alcançamos nossos objetivos? Por que?
O que podemos modificar?
Que outros fatores não foram considerados e afetam nossos resultados? Como minimizá-los?

 

Avalie:

Comentários 0 comentário

Os comentários estão desativados.