Carreiras | Empregos

A entrevista é o último passo do candidato rumo à tão esperada conquista do emprego. Exatamente por isso, deve ser bem planejada e executada de forma clara e convincente. Certos deslizes podem colocar todo seu esforço a perder. “Hoje, cada vez mais, os recrutadores sabem como realizar boas entrevistas. A partir do currículo, eles criam perguntas personalizadas ao perfil do candidato”, diz Márcio Zenker, pesquisador, consultor e professor do INSADI (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual). Ele dá dicas sobre algumas frases e expressões que devem ser evitadas durante o processo:

  • Gerundismo: “Eu vou estar fazendo um curso de…”
    Bastante usado na atualidade, o gerundismo é uma adaptação de tempos verbais comuns no inglês ao nosso idioma. “Erro grave da língua portuguesa, muito comum hoje em dia. O correto é: ‘eu farei’. Além disso, a comunicação interpessoal pode ficar comprometida. O ‘vou estar fazendo…’ pode denotar fraqueza de ação”.
  • “Eu acho…”
    Segundo Zenker, o termo expressa dúvida e deve ser substituído por “Eu penso…”, “Eu vejo essa situação da seguinte forma” ou “Meu posicionamento é de que…”.
  • Gírias
    Palavras muito coloquiais servem para conversas informais, mas não para o diálogo da entrevista de emprego. No episódio do dia 12 de julho de 2005 do programa “O Aprendiz 2”, Roberto Justus chamou a atenção de uma participante que insistia em usar o jargão “tipo” durante conversa na sala de reunião. “Pare de dizer isso, pois é coisa de adolescente”. Coincidentemente ou não, a concorrente foi eliminada nesse mesmo episódio.
  • “Eu não gosto de trabalhar com pessoas, em grupo, gosto de fazer o trabalho sozinho”
    “As relações interpessoais são de extremo valor no mundo atual. Mesmo trabalhos de atuação individualizada, como telemarketing, exigem momentos de comunicação e interação com outras pessoas – presencial e à distância”, de acordo com Zenker.
  • “Deixo o barco correr, pois a situação por si só se resolverá”
    Essa frase demonstra conformismo e deve ser substituída, segundo o consultor, por: “diante de uma situação adversa, busco informações e a melhor forma de alterar o percurso e conseguir atingir as metas”, por exemplo.
  • Discursos prontos
    Planejar seus passos é recomendável, mas discursos prontos são perigosos, pois nenhuma entrevista é igual à outra. “O candidato deve entrar em sinergia com o entrevistador”, recomenda Zenker. “Não existem respostas prontas. Dependem do contexto, do tipo de trabalho, do interlocutor”. Preste muita atenção na pergunta e na reação do selecionador ao ouvir sua resposta. É um forte indicador para saber se está agradando ou não.

O corpo também fala
Assim como palavras, postura e gestos também podem ser reveladores. Ombros eretos, por exemplo, demonstram confiança e credibilidade. A posição dos dedos também é algo a ser levado em conta: cuidado para não apontar o indicador na direção do entrevistador, pois é um gesto que denota autoritarismo. Você deve mostrar-se confiante, mas não agressivo e nervoso. Tente sempre olhar nos olhos do recrutador e manter um tom de voz agradável.

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